Em meio a um cenário em que empresas de todo mundo passam a exigir o retorno aos escritórios, surgem mais pessoas com o desejo de pegar a estrada e trabalhar de forma remota. Os nômades digitais buscam um estilo de vida mais flexível e independente — em que possam trabalhar de qualquer lugar do mundo de forma online. Mas para tornar a transição de um emprego tradicional para um remoto confortável, é preciso ganhar cerca de US$ 72 mil ou R$ 360 mil por ano, concluiu uma pesquisa da Greenback Expat Tax Services divulgada em maio.
A empresa que presta serviços fiscais a expatriados analisou quase 6.800 anúncios de emprego publicados em todo o mundo e entrevistou cerca de mil americanos que queriam se tornar nômades digitais. Entre as profissões mais promissoras e que pagariam melhor aos que buscam este estilo de vida estavam três: cientistas de dados (US$ 132 mil ou R$ 660 mil por ano), analistas de negócios (US$ 100 mil ou R$ 500 mil por ano) e gerentes de projetos (US$ 88 mil ou R$ 440 mil por ano). No Brasil, isso significaria um salário de R$ 55 mil, R$ 41.666 e R$ 36.666 por mês, respectivamente.
Além disso, mais de um terço dos entrevistados disse não estar satisfeito com a vida no escritório e deslocamento até o ambiente de trabalho e 40% disseram estar se preparando para se tornar nômade em 2025. Pouco mais da metade dos americanos estava pensando em deixar os EUA, e os trabalhadores da Geração Z estavam mais interessados em ir para o exterior. Ainda segundo o estudo, EUA, França e Austrália seriam os países mais promissores, por oferecem as oportunidades de trabalho remoto mais lucrativas. Nos EUA, o salário médio ao ano para cientista de dados é de US$ 143 mil (R$ 715 mil). O país também teve o maior número de oportunidades remotas, com um salário médio de US$ 100 mil (R$ 500 mil), seguido da França, com US$ 90 mil (R$ 450 mil), e Austrália, com US$ 79 mil (R$ 395 mil).
Embora não sejam os que pagam melhor, os principais empregos que os americanos em transição para o trabalho nômade desejam ter é o de criador de conteúdo, redator freelancer, assistente virtual e professor.
Foto: Getty Images