O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou um crescimento de 0,8% no primeiro trimestre de 2024, comparado ao último trimestre de 2023, segundo dados ajustados sazonalmente. Esse resultado reflete a dinâmica econômica nacional, destacando-se a relevância do setor de Serviços, que cresceu 1,4% no período. Dentro desse setor, atividades como Comércio (3,0%), Informação e Comunicação (2,1%) e Outras Atividades de Serviços (1,6%) tiveram desempenhos notáveis.
A expansão do Comércio e dos serviços pessoais está diretamente relacionada ao aumento do consumo das famílias, um fenômeno observado devido à melhora no mercado de trabalho e a uma conjuntura macroeconômica mais favorável, com taxas de juros e inflação mais baixas. Este crescimento do consumo, por sua vez, reflete uma maior confiança dos consumidores e um aumento da renda disponível.
O setor de Informação e Comunicação também desempenhou um papel crucial, impulsionado pelo aumento dos investimentos em tecnologia e desenvolvimento de sistemas. A digitalização da economia e a expansão do mercado de tecnologia são tendências que têm se consolidado, mostrando-se essenciais para a modernização e competitividade das empresas brasileiras.
Por outro lado, a Agropecuária cresceu 11,3%, evidenciando a robustez do setor, ainda que a indústria tenha registrado uma leve variação negativa de -0,1%, considerada estável. Essa estabilidade na indústria indica desafios persistentes, como a baixa produtividade e a necessidade de inovação, além de fatores externos que podem afetar a competitividade das exportações.
Na comparação anual, o PIB cresceu 2,5% em relação ao primeiro trimestre de 2023, novamente puxado pelo setor de Serviços. No entanto, houve uma mudança significativa na contribuição do setor externo para a economia, com as importações superando as exportações, influenciadas pela valorização do Real e pela demanda por bens de capital e intermediários.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo