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BYD QUER FAZER DO BRASIL UM POLO DE EXPORTAÇÃO PARA AMÉRICA LATINA, MAS PARA ISSO PRECISA DE CONTEÚDO LOCAL.

Redação - 02/06/2024 18:53 - Atualizado 05/06/2024

A fabricantes de carros elétricos da China  BYD e Great Wall Motor já dominam as vendas de veículos elétricos no Brasil que é  o sexto maior mercado automotivo do mundo. As duas gigantes chinesas também estão construindo fábricas no país —o que ajudará a vender carros livres de tarifas em toda a América Latina. Nos Estados Unidos Joe Biden promete encargos de 100% nos Estados Unidos.

A BYD espera iniciar produção em meados de 2025 em uma nova fábrica na Bahia que será a primeira fora da Ásia. A Great Wall pretende sair na frente, produzindo SUVs no país antes do final deste ano. O mercado automobilístico da América Latina vale quase US$ 130 bilhões.

Mas para exportar carros fabricados no Brasil para outros países latino-americanos sem tarifas, as montadoras precisam adquirir cerca de metade dos componentes localmente, o que abre uma enorme janela de oportunidades para fornecedores brasileiros.

A BYD, cuja fábrica terá uma capacidade inicial de 150 mil carros por ano, se comprometeu a criar 5.000 empregos, mas o número real provavelmente será mais do que o dobro disso, segundo Li. E isso é apenas emprego direto, sem contar os ganhos ao longo da cadeia de abastecimento. A BYD também está fazendo parceria com uma empresa de energia local para construir 600 estações de carregamento em oito cidades, abordando uma escassez que poderia limitar as vendas.

Ambas as empresas planejam começar produzindo com o que é conhecido na indústria como carros “desmontados” —o que significa que as peças serão importadas da China e montadas localmente— enquanto aceleram a busca por fornecedores locais.

A BYD reconhece que o desafio. Há falta de fornecedores porque a indústria no Brasil declinou nos últimos anos, diz Tyler Li, presidente da BYD Brasil. Mesmo assim, ele afirma que a empresa pretende fabricar 60% dos componentes no país em cinco anos.

Bastos, da Great Wall, diz que ajudaria muito se as baterias pudessem ser produzidas no Brasil, e a empresa “vai trabalhar para que isso aconteça”. Este é um exemplo de como a chegada de fabricantes de automóveis estrangeiros pode trazer benefícios indiretos para o Brasil —inclusive na contratação e formação de trabalhadores. (FSP)

 

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