Um novo desenvolvimento econômico para garantir uma posição internacional de relevância das cadeias produtivas das fibras naturais começou a ser discutido no Encontro Mundial de Fibras Naturais, ontem, segunda-feira (27), na sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador.
O evento é organizado pelo Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais no Estado da Bahia (Sindifibras/Fieb) e pelas demais entidades privadas ligadas ao setor que cuidam da cadeia de fibras naturais do Brasil (sisal, juta, malva, coco, piaçava, bambu, seda e cânhamo). A agenda segue até o dai 30 de maio.
Os grupos de fibras naturais da FAO – o mais importante fórum de debates e formulação de políticas públicas para as fibras – são formados pelos principais países que produzem e consomem fibras naturais como juta, abacá, coco, kenaf e sisal – conhecidas como JACKS.
De acordo com Wilson Andrade, Presidente da INFO, da CSFN e do Sindifibras, na ocasião serão discutidos temas importantes para o setor incluindo o desenvolvimento de novos bioprodutos e o acesso às compensações ambientais tais como pagamento por serviços ambientais e crédito de carbono.
A programação (veja completa abaixo) conta com a 41ª Sessão do Grupo Intergovernamental de Fibras Duras (Abacá, Coco e Sisal); 43ª Sessão do Grupo Intergovernamental de Juta, Kenaf e Fibras Aliadas; 38ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial de Fibras Naturais do Brasil e Reunião da Organização Internacional de Fibras Naturais (International Natural Fibers Organization – INFO).
Estão convidados para falar na abertura (9h de 27/05) Wilson Andrade (INFO, CSFN e Sindifibras), El Mamoun Amrouk (FAO), do Governo da Bahia (SDE) e das entidades empresariais FIEB/CNI e FAEB/CNA. Estão convidados também os representantes das entidades apoiadoras: Legislativo, Flem, MRE, MAPA, Embrapa, Setur e Seagri.
Na quarta (29), ocorre a discussão sobre “Mudanças Climáticas e Aplicações Avançadas de Fibras Naturais”, que contará com os especialistas da Embrapa que falarão sobre as vantagens ambientais, potencial de monetização do carbono e pagamentos por serviços ambientais a partir do sisal (Gilvan Ferreira) e coco (Emiliano Costa); de Débora Meyer, da Companhia Têxtil de Castanhal que abordará essas vantagens a partir da juta brasileira.
Crédito: Valter Pontes/Coperphoto/Sistema FIEB