Os festejos juninos irão movimentar a economia baiana no mês de junho. O segmento de destaque nesse aquecimento do comércio é o de supermercados, com uma alta de 6,5% na comparação anual e com a movimentação da maior parte do faturamento de R$ 5 bilhões, de acordo com as informações da Fecomércio-BA. Contudo, essa alta no setor de supermercados não será favorável ao consumidor, que sentirá no bolso o aumento no preço dos ingredientes para os pratos tradicionais do São João.
Os alimentos juninos subirão acima da inflação média da região de Salvador, de 3,49%. Desperta atenção, o aumento de 21,95% do arroz, mas bem menos expressivo estão o milho verde (7,42%), maçã (7,26%) e leite de coco (3,78%). Os dados disponibilizados pelo IPCA (levantamento mensal do IBGE), entretanto, mostram outros itens com retração no acumulado de 12 meses, como é o caso da farinha de trigo (-19,04%) e da mandioca (-7,45%).
“Como a entidade sempre analisa nessas grandes celebrações, tanto os consumidores compram comidas e bebidas para fazerem eventos com familiares e amigos, quanto os empresários que precisam abastecer seus estoques para atender um público maior num hotel, restaurante, festas etc”, explica o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, ao Site do Correio.
O turismo é protagonista no São João, como pode ser observado na alta movimentação da rodoviária da capital baiana. “Desde 2019, quando há dados disponíveis no Observatório do Turismo da Setur-BA, a movimentação no mês de junho, de embarques e desembarques, ou é a mais alta no ano ou a segunda, à exceção de 2020 e 2021, fase da pandemia”, informa o consultor, salientando que, em 2023, a movimentação no mês foi de 542,7 mil, a maior do ano, superando dezembro, com 510 mil embarques.
“É importante destacar que o consumidor baiano está com a situação econômica mais fortalecida, sobretudo devido à menor taxa de desemprego no Estado desde 2015. A confiança no trabalho permite o aumento do consumo e o acesso mais facilitado ao crédito”, conclui Dietze.
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