De acordo com o Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJ), que disponibiliza dados fornecidos pelos estados, 609 mortes por intervenção policial aconteceram em território baiano no primeiro quadrimestre, 25,82% a mais em relação ao mesmo período do ano passado. O dado coloca a Bahia na liderança da estatística no país, à frente de São Paulo, com 220, e do Pará, com 204, que fecham os três estados com maior acumulado de registros.
O ministério não tem os dados do mês de abril referente aos estados de São Paulo e o Rio de Janeiro, que estavam na segunda e quinta posição do ranking até março com 220 e 152 registros, respectivamente. Questionado, o MJ informou que a ausência das informações é de responsabilidade dos estados. “Os dados publicados na página do Ministério da Justiça e Segurança Pública são enviados, consolidados e homologados pelos estados e pelo Distrito Federal. Os entes federados que não constam no mapa são os que ainda não enviaram as informações”, escreve em nota.
Porém, em março, a Bahia já reunia a maior quantidade de registros, com 454 mortes por intervenção policial e, antes disso, tinha acumulado 297 em janeiro, mantendo a liderança na estatística. Em média, até o momento, o estado tem cinco mortes do tipo por dia. Procurada para responder sobre os números de letalidade, a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) deu destaque para o montante de prisões realizadas no início de ano e para o número armas e equipamento bélicos apreendidos no estado até o momento em operações policiais.
“As ações de inteligência resultaram na captura de 4.672 pessoas em 2024, número 6% maior que no ano passado, além do aumento das apreensões de armas de fogo. Nos três primeiros meses, 1.502 fuzis, submetralhadoras, espingardas, pistolas e revólveres foram retirados das ruas, representando um aumento de 17% da produtividade”, escreve a pasta, que ressalta o investimento em capacitação e novas estruturas.
Crédito: Rafael Martins/GOVBA