Uma das principais causas de morte em todo o mundo, acidentes de trânsito também são responsáveis por traumas ortopédicos que impactam no bem-estar e qualidade de vida das pessoas. Na Bahia, a ortopedia é uma especialidade que representa uma das maiores demandas por atendimento. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), em março de 2024, apontam que cerca de 60% das UTIs gerais são ocupadas por vítimas de acidentes de trânsito.
As fraturas ortopédicas são uma das lesões mais frequentes causadas por acidentes de automóveis. O dano mais comum está ligado à coluna cervical e o pescoço por causa do movimento da cabeça em relação ao tórax durante a batida. Quando o acidente envolve motociclistas, as regiões mais afetadas, geralmente, são joelhos, pernas, punhos e mãos, por estarem mais expostas. O impacto pode provocar inúmeros traumatismos, fraturas ósseas e problemas no cérebro, coração e pulmões.
Pedro Bastos, ortopedista do Hospital da Bahia, que pertence à Dasa, rede de saúde integrada, chama atenção para os primeiros cuidados após uma batida. “A principal preocupação é a estabilização imediata das lesões para evitar o agravamento do quadro. A pessoa precisa ser levada para um pronto atendimento especializado para que possa receber um tratamento preciso”, afirma. Bastos ressalta ainda a importância do uso dos equipamentos de segurança. “O uso dos cintos e cadeiras específicas para as crianças reduz a gravidade das lesões e os casos de morte”, finaliza.
Alguns traumas ortopédicos não apresentam sinais aparentes ou dores intensas no momento do ocorrido, e só é possível identificar com uma investigação adequada. “Após a avaliação clínica e, se necessário, o ortopedista vai solicitar exames complementares para identificar ou afastar eventuais fraturas. Quanto mais rápido o diagnóstico e o tratamento, melhor será o resultado”, explica Fernando D’Almeida, especialista em radiologia musculoesquelética, do Image, que também pertence à Dasa.
Há uma gama de exames radiológicos que podem ajudar na avaliação do trauma. O principal é o raio x, que investiga a fratura; a tomografia auxilia com eventuais fraturas ocultas; e a ressonância magnética que pesquisa possíveis lesões nos tendões e ligamentos.
(Foto: Silas Lima) – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS