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GOVERNO DO ESTADO INVESTE R$1 MILHÃO NA BIENAL DO LIVRO BAHIA E COMÉRCIO LOCAL RELATA BOAS VENDAS

Bruna Carvalho - 16/05/2024 18:30 - Atualizado 16/05/2024

A Bienal do Livro Bahia 2024, realizada de 26 de abril a 1° de maio no Centro de Convenções, em Salvador, contou com um investimento milionário do Governo da Bahia. Com mais de 170 autores, personalidades e artistas; mais de 100 horas de atividades e 200 marcas expositoras, além de um total de mais de 800 mil livros vendidos durante os seis dias do evento, a feira literária teve R$ 700.000,00 investido pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) e mais R$ 300.000,00 da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT), totalizando um milhão de reais.

Em entrevista ao portal Bahia Econômica, Vladimir Costa Pinheiro, Diretor Geral da Fundação Pedro Calmon (FPC) conta que o suporte financeiro dado pelo Governo do Estado contribui diretamente para a promoção do livro, da leitura, da escrita e da literatura na Bahia.

“A Bienal do Livro da Bahia é um dos maiores eventos literários do Norte-Nordeste. Nesta edição, o Governo do Estado conseguiu garantir uma programação intensa, com grande participação dos nossos estudantes e professores. Abrimos espaços para os autores baianos, homenageamos o grande Mestre Bule Bule, que esteve presente conosco, incentivamos também o protagonismo dos novos escritores, promovemos espaços para as editoras universitárias, e debates pertinentes ao fortalecimento da Política do Livro e leitura junto a toda a sociedade baiana, de uma forma geral”, revela o Vladmir.

Além do montante total, o Diretor Geral da FPC também relata que a SEC distribuiu 5.000 mil Vales Livros para professores, no valor de R$ 100, e mais 5.000 para estudantes, no valor de R$ 50. Houve ainda o acesso assegurado a 1.000 estudantes por dia da programação.

Neste ano, a Bienal contou com estandes de grandes editoras nacionais, como a Rocco, Globo Alt, Companhia das Letras e Haper Collins. A presença destes selos consagra agora a feira literária como um evento nacional.

“Ao longo dos seis dias do evento, importantes editoras e livrarias do Brasil, junto a renomados autores de diversas regiões do país, convergiram para Salvador. Observa-se que a realização de eventos com essas características contribui de forma significativa para a atividade turística através da utilização de equipamentos e serviços turísticos da cidade, bem como a divulgação dos seus diversos atrativos, proporcionando ainda o aquecimento dos setores de hotelaria, restaurantes, transporte da cidade”, disse o representante da FPC.

Ainda segundo Vladmir, algumas ações vêm sendo desenvolvidas pela Fundação Pedro Calmon, em Parceria com a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, no intuito de fomentar e valorizar a leitura, incentivar e difundir a produção literária baiana e dinamizar a cadeia produtiva do livro.

“Pretende-se, em 2024, tornar público o Edital de Festas, Feiras e Festivais Literários, que prevê a seleção de propostas para concessão de apoio financeiro, visando à realização de eventos literários nos 27 territórios de identidade da Bahia, em conformidade com a legislação e os planos estaduais de cultura e educação”, afirma.

Resultado na editora local

Para Fernando Oberlaender, editor do selo e livraria Caramurê, a Bienal do Livro Bahia 2024 trouxe bons resultados financeiros. Ele conta ter investido entre R$17.000 e R$18.000 mil para ter seu estande na feira.

“Tivemos bons resultados e o evento se pagou. Esperávamos um pouco mais por causa da edição de 2022. Acho que por conta do período que a Bahia ficou sem receber a Bienal, a edição passada teve mais adesão do público. Nós investimos entre R$17.000 e R$18.000 mil, isso já incluso valor do aluguel do estande, alimentação, equipamentos e transporte”, conta Fernando.

No estande da Caramurê, mais de 650 itens estavam à venda, entre eles: livros, camisetas, azulejos e demais produtos literários. Ao ser perguntado sobre a demanda do evento, o editor do selo literário disse que ela foi alta, já que a Bienal só acontece de dois em dois anos.

“Não temos outro evento de feira de livros. Isso acaba concentrando nas pessoas a expectativa de ir pra Bienal para comprar livros. Acredito que por isso o interesse do público seja maior do que para outros eventos literários. Acho também que poderíamos ter outros eventos na Bahia com esse perfil”, finaliza.

Foto: Divulgação/Ascom Gov BA

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