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SERVIDORES DO IBGE IRÃO PARALIZAR SUAS ATIVIDADES NA BAHIA E EM OUTROS 9 ESTADOS

Bruna Carvalho - 14/05/2024 18:58

Nesta quarta-feira (15), os trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizarão uma paralisação na Bahia e em outros 9 Estados: Acre, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe e Pernambuco. As atividades serão suspensas ou parcialmente suspensas, a depender da região.

Segundo a nota emitida pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge), ainda existe a possibilidade de greve por tempo indeterminado a partir de 10 de junho. Os servidores reivindicam a aprovação de um plano de reestruturação da carreira, reajuste salarial para trabalhadores temporários e a recomposição do orçamento do instituto.

“O calendário de mobilização aponta para a realização de atos no dia do aniversário do IBGE, 29 de maio, e uma possível deflagração de greve por tempo indeterminado, a partir do dia 10 de junho, caso a contraproposta do governo seja frustrante”, diz a nota distribuída à imprensa.

Além dos núcleos estaduais que decidiram pela paralisação, estão previstos atos de trabalhadores também em outros estados nesta quarta-feira em frente às sedes de superintendências e de agências do instituto no interior.

Segundo representantes do sindicato, o primeiro dia de paralisação será simbólico, afetando o andamento dos trabalhos no órgão a depender do grau de adesão. No entanto, como a categoria pautará a greve por tempo indeterminado a partir de junho, em caso de aprovação, os levantamentos e indicadores produzidos poderiam ser afetados.

A Assibge calcula que o orçamento regular do IBGE em 2023 foi 28% inferior ao previsto uma década antes, em 2014, descontada a inflação do período. O instituto já estaria atrasando pagamento de contas de consumo e salários de terceirizados.

Quanto aos trabalhadores temporários, a entidade afirma que o instituto tem aproximadamente 60% de sua força de trabalho atualmente formada por pessoas com esse tipo de vínculo, recebendo “praticamente um salário-mínimo (R$1.512) para realizar atividades permanentes que deveriam ser executadas por servidores efetivos”.

“Esses trabalhadores não serão beneficiados pela reestruturação da carreira e, apesar de todo o diálogo realizado pelo sindicato com a presidência do IBGE e Ministérios responsáveis, seguem sem perspectiva de reajuste. Os trabalhadores temporários estão submetidos a inúmeras restrições de direitos, porém, a atual direção do IBGE segue sem um plano claro para acabar com a precarização no órgão”, critica o sindicato.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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