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GOVERNO E MERCADO VEEM DÍVIDA PÚBLICA EM TENDÊNCIA DE ALTA; ENTENDA EFEITOS NA ECONOMIA E COMPARAÇÃO COM OUTROS PAÍSES

João Paulo - 14/05/2024 10:59

Com a meta fiscal em xeque, a equipe econômica e o mercado financeiro veem a dívida pública brasileira em crescimento nos próximos anos, mesmo que em ritmos diferentes, o que pode influenciar a taxa de juros da economia — com reflexo nos investimentos produtivos, no crescimento do país e na geração de empregos.

No início de maio, a agência de classificação de riscos Moody’s mudou a perspectiva da avaliação de “estável” para “positiva” do Brasil e citou que, entre outros fatores, um “crescimento mais forte” da economia e uma “consolidação fiscal” (medidas para melhorar as contas públicas) podem estabilizar o peso da dívida. Mas apontou que “há riscos” para a continuidade dessa melhora. Em março deste ano, a dívida do setor público consolidado, usada na comparação internacional, subiu para 75,7% do PIB. É o nível mais alto em cerca de dois anos.

Para o governo, a dívida avançará até 79,7% do PIB em 2027 (cenário base), mas há possibilidade de que atinja 90,1% do PIB em 2028 (caso as previsões para as contas públicas e para o PIB sejam piores). Os números estão na LDO de 2025, divulgada em abril. Para o mercado financeiro, de acordo com pesquisa feita na semana passada pelo BC com mais de 100 instituições financeiras, a dívida pública atingirá o pico de 87,5% em 2032, recuando posteriormente.

A dívida brasileira está abaixo de nações desenvolvidas, próxima de países da União Europeia e acima nações emergentes, e da América Latina e Caribe. Roberto Campos Neto comenta o cenário de juros e inflação nos Estados Unidos.

Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

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