A Petrobras não descarta uma possível compra da Braskem, embora este não seja o cenário ideal.
É o que se conclui da fala do diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Sérgio Caetano Leite, que, em teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre, disse que a estatal tem uma visão muito clara do negócio e do potencial que a Braskem pode apresentar.
Segundo ele, a aquisição de toda a participação da Novonor, ex-Odebrecht, na Braskem não é o cenário ideal para a Petrobras, mas que está sendo considerado a aquisição de pequena fatia da Braskem, a fim de elevar a participação da Petrobras dos atuais 47% para “49% ou 50%”, sem que isso cause impacto no endividamento da petroleira.
Mas o executivo não descartou uma eventual aquisição da fatia da Novonor na Braskem.
“A Petrobras não vai deixar o ativo se deteriorar. Não é o cenário ideal para a Petrobras, mas será adotado em caso de necessidade”, afirmou.
Ele afirmou que uma possível compra da Braskem envolveria uma “blindagem” das finanças da Petrobras, mas disse que a compra da empresa pode ser um caminho mais rápido para a internacionalização.
O diretor destacou que a Petrobras já realizou auditoria completa no negócio (“due diligence”) e que pode exercer o exercício do direito de preferência na compra das ações (“tag along”).
Em agosto a Petrobras deve fazer uma proposta para realizar um novo programa de recompra de 157 milhões de ações preferenciais da empresa.
Recentemente, a Adnoc, um dos últimos interessados na compra da Braskem, retirou proposta de compra.(VE)