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MUDANÇAS CLIMÁTICAS PODEM DEIXAR FLORES ATÉ 80% MAIS CARAS PARA O DIA DAS MÃES

João Paulo - 10/05/2024 07:19

As variações de clima, com ondas de calor extremo e grande volume de chuvas, atrapalharam a produção de flores no Brasil. Itens como rosas, astromélias e lírios estão em falta no mercado e os vendedores têm importado flores de países da América do Sul para garantir a venda neste Dia das Mães – comemorado no próximo domingo (12). Com o impacto, consumidores podem encontrar produtos até 80% mais caros nas floriculturas, inclusive de Salvador.

Em entrevista ao Jornal Correio, o comerciante Wado Vieira trabalha há 52 no setor de flores e conta que a importação não é novidade. Neste ano, ele aumentou a compra de rosas vermelhas da Colômbia para evitar a falta do produto mais procurado no Dia das Mães. A data comemorativa é a que mais tem vendas no ano e corresponde a 16% do comércio anual de flores no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor).

“Vai faltar  mercadoria nacional, por isso compramos itens importados. Rosas e astromélias não estão disponíveis nem com o preço maior. Ano passado, a rosa nacional era vendida por R$ 3, a unidade, neste ano, pulou para R$ 7”, explica Wado Vieira, da Amparo Flores, localizada na Graça. No local, o preço das rosas vermelhas teve alta de 80% e a unidade custa R$ 15, com a embalagem.

Só no ano passado, o Brasil enfrentou nove ondas de calor. O estado de São Paulo, maior responsável pela produção de flores do país, foi um dos mais atingidos. Como o plantio e a colheita são sensíveis às mudanças climáticas, os produtores criam estratégias para driblar as dificuldades. “As mudanças climáticas atrapalham, mas em uma escala menor. A maioria de flores e plantas ornamentais são produzidas em estufas, ambientes protegidos, onde luz e água são controladas. Os transtornos não são 100% evitados, mas o impacto é menor”, analisa Renato Opitz, diretor do Instituto Brasileiro de Floricultura. A produção das flores dura, em média, de 8 a 12 meses.

Crédito: Marina Silva/CORREIO

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