A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) encarou a redução da taxa Selic em 0,25 p.p como um excesso de cautela do Comitê de Política Monetária (Copom), como exposto em nota da instituição.
Há a preocupação, por parte da FIEB, que a decisão indique uma diminuição do processo de flexibilização da política monetária. A Federação vê como favorável a queda constante da taxa SELIC, de uma maneira que os juros sejam compatíveis com o crescimento sustentado da economia nacional.
É ressaltado, na nota, que a taxa de juros básicas no país é uma das mais altas do mundo, e assim permanece com 10,50% a.a., com uma taxa real superior a 6% a.a. (descontada a inflação).
A queda pode ser vista, também, no IPCA, que acumula em 12 meses 4,50% até fevereiro de 2024 e a perspectiva é da manutenção da baixa, finalizando o ano em 3,75%. O resultado indica que a política de flexibilização monetária está no caminho certo, dentro do limite da meta de inflação (4,50%).
“Entendemos que a flexibilização da política monetária é um passo importante para que o país retome a trajetória de crescimento, com a ampliação dos investimentos, a geração de mais empregos e renda, que foram fortemente impactados nos últimos anos. Assim, novos cortes de juros não são apenas desejáveis, mas imprescindíveis para que o processo de retomada do crescimento da economia se consolide”, conclui a nota.
Foto: Gilberto Jr./Coperphoto/Sistema FIEB.