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COPOM: VOTO DE CAMPOS NETO RACHA DIRETORIA ANTIGA E SUCESSORES

João Paulo - 09/05/2024 08:00 - Atualizado 09/05/2024

O presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, foi o responsável pelo voto de minerva que determinou o corte da taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual (p.p.). Essa foi a segunda vez em menos de um ano que Campos Neto precisou dar um voto decisivo para definir o novo patamar de juros do país — e apenas a quarta vez em 20 anos. Nas outras duas vezes, o presidente do BC era Henrique Meirelles, em 2007.

Nessa mesma janela, apenas 34 reuniões tiveram divergência de votos, contando com o encontro da última quarta-feira. O levantamento é do economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores. Desta vez, os votos divididos carregam um recado importante, que acende um alerta no mercado financeiro:

  • 5 votos vieram de diretores antigos, indicados na gestão passada do governo federal;
  • 4 votos vieram de novos diretores, indicados pelo atual presidente.

Há no ar uma incerteza sobre como deve ser a transição para a nova gestão do Banco Central. O mandato de Campos Neto se encerra no fim de 2024. E os preferidos para ocupar o seu lugar são Gabriel Galípolo, ex-número 2 do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o economista Paulo Pichetti. Ambos são diretores da instituição. Galípolo e Pichetti ficaram ao lado dos novos diretores, todos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que votaram por uma redução de 0,50 p.p. na reunião desta quarta.

Veja abaixo como ficou a divisão.

Votaram por uma redução de 0,25 p.p.:

  • Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente);
  • Carolina de Assis Barros;
  • Diogo Abry Guillen;
  • Otávio Ribeiro Damaso;
  • e Renato Dias de Brito Gomes.

Já os votos por uma redução de 0,50 p.p. ficaram com os seguintes membros:

  • Ailton de Aquino Santos;
  • Gabriel Muricca Galípolo;
  • Paulo Picchetti;
  • e Rodrigo Alves Teixeira.

Economistas e agentes de mercado querem uma transição suave no Banco Central, mas a divisão indica que uma mudança de rumos pode estar perto de acontecer.

Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

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