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BRUNO REIS AFIRMA QUE NÃO HAVERÁ REAJUSTE DO TRANSPORTE E CITA CRISE DO SISTEMA METROPOLITANO

Victoria Isabel - 08/05/2024 12:58

Nesta quarta-feira (8), o prefeito Bruno Reis declarou que não ocorrerá aumento nas tarifas do transporte público em Salvador durante 2024, mesmo diante do término da desoneração da folha de pagamento proposta pelo governo federal, medida que afetará o setor em todo o país, não apenas na capital baiana, aumentando os custos operacionais.

Ele destacou a crise enfrentada pelo sistema de transporte metropolitano na Bahia, com o fechamento de empresas e a demissão de trabalhadores, lamentando a ausência de subsídios por parte do governo federal para o setor. Além disso, criticou a reintrodução da tributação sobre a folha de pagamento, alertando que isso poderia resultar em um acréscimo de aproximadamente 25 centavos no valor das tarifas. O prefeito expressou ainda a esperança de que o fim da desoneração possa ser reconsiderado.

“Primeiro, não terá nenhum reajuste esse ano, não existe essa possibilidade. Segundo, infelizmente, o governo federal que não ajuda, que não paga o subsídio, que não concede benefícios e incentivos fiscais aos insumos do transporte público, agora vem com a reoneração da folha, que é o principal componente do transporte público, porque a mão de obra dos motoristas cobradores terão incidência do tributo. Isso impacta 25 centavos na tarifa”, disse.

“É lamentável que serviços essenciais que estão colapsando, como o transporte público, não tenham a sensibilidade dos governantes para estabelecer as suas devidas exceções. Esperamos que ainda o Congresso, diante das negociações que vem tentando, ou até mesmo a Justiça, possa rever em especial o caso do transporte público, que sem sombra de dúvidas, é o maior problema não é de Salvador não, é das médias e grandes cidades do Brasil”, acrescentou.

Bruno Reis afirmou ainda que, das 11 empresas que integravam o sistema metropolitano, cinco já quebraram, provocando a demissão de cerca de 1,5 mil trabalhadores. “Muito provavelmente algumas (empresas) possam vir a falir por conta da desoneração da folha. Em qualquer cidade do Brasil, vocês vão ver o dilema, a aflição que os prefeitos vivem para manter o transporte público funcionando”, salientou.

Em Salvador, Bruno ressaltou que a Prefeitura já paga 32 centavos por passagem com o subsídio aprovado no ano passado, o primeiro subsídio regular da história da cidade, garantindo o funcionamento do serviço. “Para não gerar instabilidade, insegurança e preocupação, eu garanto que este ano não terá reajuste no transporte público em qualquer hipótese”, frisou.

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