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TEMPORAIS NO RIO GRANDE DO SUL CAUSAM MAIS DE R$ 500 MILHÕES EM PREJUÍZOS NO CAMPO

João Paulo - 07/05/2024 10:40 - Atualizado 07/05/2024

Os temporais no Rio Grande do Sul já causaram R$ 500 milhões em prejuízos na agricultura e na pecuária, informa a Confederação Nacional de Municípios (CNM). O valor ainda é parcial, uma vez que apenas 25 municípios dos 336 listados no reconhecimento estadual e federal de Estado de Calamidade Pública registraram os prejuízos sofridos.

Somente na agricultura, as perdas são de R$ 423,8 milhões, e na pecuária, de R$ 83 milhões. Levando em conta o total da economia afetada no estado, os valores já somam R$ 967,2 milhões. Além disso, a CNM informa que, “considerando que o foco ainda é em salvar vidas, o valor total dos danos e prejuízos irá aumentar à medida que as águas forem baixando e os gestores locais conseguirem contabilizar esses dados”. O temporal já deixou mais de 80 mortos e 100 desaparecidos.

As perdas no campo foram generalizadas. No último domingo (5), o Globo Rural mostrou lavouras de arroz, soja e hortaliças inundadas, além disso muitos animais morreram. No município de Estrela, mais de 56 mil frangos se afogaram. A força da água também arrastou maquinários e o gado.

Arroz: a consultoria Datagro prevê que as perdas apenas na produção de arroz sejam de R$ 68 milhões, totalizando 10% a 11% do total cultivado. O RS responde por 70% da produção nacional do grão. A estimativa era de que o estado colhesse 7,5 milhões toneladas de arroz este ano. Mas, com a tragédia, a safra deve ficar próxima das 6,7 milhões ou 6,8 milhões de toneladas, podendo gerar impactos na inflação, ressalta a consultoria.

Soja: perdas de 3% a 6%, com prejuízo entre R$ 125 milhões e R$ 155 milhões a produtores. Segundo a consultoria, essa redução deve ter “algum impacto” de alta sobre as cotações internacionais e domésticas.

Milho: perdas de 2% a 4%, com prejuízo de R$ 7 milhões a R$ 12 milhões. “Também aqui com leve impacto altista imediato sobre os preços locais. Mas sem peso para mexer significativamente no cenário de preços conservador do mercado internacional”, afirma a consultoria.

Foto: Reprodução/Globo Rural

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