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JORNAL FAZ LEVANTAMENTO E MOSTRA MELHOR CAMINHO PARA QUEM TEM R$ 50 MIL REAIS PARA INVESTIR; VEJA AQUI

João Paulo - 06/05/2024 08:40 - Atualizado 06/05/2024

O mundo dos investimentos tem se tornado cada vez mais atrativo para o brasileiro. O jornal A Tarde questionou a alguns especialistas qual melhor caminho para se investir quem tem R$ 50 mil reais na conta e possui pouca ou nenhuma experiência com o mercado financeiro.

Para a consultora financeira Izabela Ferraz, a decisão de investir é muito pessoal e resultante do estilo de cada investidor. Segundo ela, não adianta a recomendação de se investir nas opções a ou b, “se o objetivo final não estiver alinhado com quais riscos esse investidor esteja disposto a correr”. Ainda de acordo com Izabela, produtos de renda fixa são mais indicados a investidores conservadores e, os de renda variável, a perfis mais arrojados. “Primeiramente, o investidor deve ter em mente a sua disposição em perder e ganhar para estudar a melhor aplicação. Investir não pode ser um sofrimento. Deve ser considerado sempre a análise da base do investimento, obtendo essa orientação com um gerente de confiança e, principalmente, acompanhar o mercado financeiro, para não ser ludibriado por metas impostas por bancos”, fala.

No que diz respeito a investimentos cuja rentabilidade levam em consideração a Selic, que é a taxa básica de juros da economia, e influencia outros índices de juros do País, como de empréstimos pessoais, financiamentos e aplicações financeiras, Izabela recomenda o monitoramento da projeção de aumento da taxa ao longo do ano, já que isso “reflete no cenário de aumentos de preços, apontando maior preocupação com uma possível pressão sobre salários, e incerteza sobre a dinâmica de queda da inflação doméstica”. A taxa Selic em abril de 2024 estava em 10,75% ao ano, porcentagem definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Ainda segundo a consultora financeira, independente da decisão de investir, o ideal é que cada investidor consiga manter sempre as contas equilibradas, verificando as necessidades reais de consumo.

“O consumismo vem aumentando nos últimos tempos motivado principalmente pelo impulso. Sabendo do cenário de incerteza, é preciso verificar bem a disponibilidade financeira. Eu costumo dizer que aposto sempre na diversificação de carteiras e, mesmo para quem tem um perfil mais conservador, é importante disponibilizar parte do que é destinado ao investimento para correr o chamado risco positivo, pois essa pode ser uma aposta para se ganhar um pouco mais, e assim se aumentar as reservas”.

Possuir uma reserva de emergência é um bom primeiro passo para um investidor iniciante, e em busca de segurança financeira, afirma o vice-presidente do Conselho Regional de Economia na Bahia (Corecon), Edval Landulfo. Segundo o economista, entender as próprias contas, “como está o orçamento, o que entra líquido, e o que sai como despesas e dívidas” é fundamental, para, a partir daí, “criar-se uma reserva de emergência para, pelo menos, seis meses, visando qualquer imprevisto”.

“Aí, sim, depois de criado o planejamento financeiro, uma reserva de emergência, é começar a entender dos ativos ou produtos financeiros disponíveis. O funcionamento de uma bolsa de valores, se deseja investir em renda variável; o que é um fundo imobiliário, renda fixa, LCA, LCI, que são as queridinhas do investimento, porque (sobre essas) não incide imposto de renda; agregar com outro produto, como CDB, que é quando o banco precisa captar dinheiro. Aí entra o conhecimento do que é um CDI, que vai ser a referência dos títulos de renda fixa”, diz Landulfo. Ele explica que o IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o principal índice para saber a inflação do período. E que a taxa de referência (de produtos de renda fixa) é o CDI, que varia muito perto da Selic.

Foto: Reprodução | Freepik

 

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