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GOVERNO CENTRAL TEM DÉFICIT PRIMÁRIO DE R$ 1,5 BILHÃO EM MARÇO

Victoria Isabel - 29/04/2024 15:00

Em março de 2024, o aumento das receitas contribuiu para a redução do déficit primário. No mês passado, o Governo Central – composto pelo Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social – registrou um déficit de R$ 1,527 bilhão, em comparação com o déficit de R$ 7,083 bilhões no mesmo período de 2023, uma queda de 79,3% ajustada à inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

De acordo com o relatório divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Tesouro Nacional, “Comparado a março de 2023, o resultado primário observado decorre da combinação de aumento real de 8,3% (R$ 12,6 bilhões) da receita líquida [após transferências a estados e municípios] e aumento real de 4,3% (R$ 6,8 bilhões) das despesas totais”.

O resultado de março superou as expectativas das instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada mensalmente pelo Ministério da Fazenda, os analistas de mercado esperavam um déficit de R$ 5,1 bilhões.

Nos três primeiros meses do ano, o Governo Central registrou um superávit primário de R$ 19,431 bilhões, o que representa uma redução de 39,8% em relação ao mesmo período do ano passado, ajustado ao IPCA, quando foi de R$ 31,208 bilhões. Apesar disso, as contas do governo ainda apresentam um superávit em 2024, devido ao resultado positivo recorde de R$ 79,337 bilhões em janeiro, enquanto fevereiro registrou um déficit recorde com a antecipação de R$ 30,1 bilhões de pagamentos de precatórios.

O déficit primário é a diferença entre as receitas e os gastos, excluindo o pagamento dos juros da dívida pública. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano e o novo arcabouço fiscal estabelecem uma meta de déficit primário zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo, para o Governo Central.

O último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado no fim de março, projetou um déficit primário de R$ 9,3 bilhões para o Governo Central, equivalente a um resultado negativo de 0,1% do PIB. Para cumprir a meta fiscal, o governo bloqueou R$ 2,9 bilhões do Orçamento e manteve a estimativa de arrecadar R$ 168 bilhões em receitas extras em 2024.

 

Fonte: agência Brasil
Foto: Foto: José Cruz/Agência Brasil

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