Em abril, o Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (ICEB), uma métrica elaborada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para acompanhar as expectativas do setor produtivo do estado, registrou -87 pontos em uma escala que varia de -1.000 a 1.000 pontos. Esta pontuação indica um cenário de Pessimismo Moderado, situando-se no intervalo de -250 pontos a zero ponto. Este é o terceiro mês consecutivo em que o indicador se encontra abaixo de zero e representa o menor nível desde abril de 2023, quando atingiu -126 pontos.
No mês, a confiança regrediu em relação a março (quando o indicador marcou -36 pontos) e avançou em comparação a abril de 2023 (registro de -126 pontos). Em comparação ao mês imediatamente antecedente, o recuo foi de 51 pontos – mais do que suficiente para anular a subida constatada em março (elevação de 26 pontos). Quanto ao registrado um ano antes, a alta foi de 39 pontos, a sexta variação positiva seguida nessa base comparativa.
Dessa forma, como sinaliza Luiz Fernando Lobo, integrante técnico da SEI, “ao suplantar o avanço ocorrido em março, a queda da confiança em abril terminou concorrendo para um movimento de deterioração das expectativas” – já que, ainda segundo Lobo, “ao longo do quadrimestre, as quedas foram de magnitude maior do que as altas e, assim, a oscilação líquida do indicador de confiança resultou negativa no intervalo de janeiro a abril”.
No que se refere aos setores, a retração do nível de confiança de março a abril não aconteceu de forma generalizada, visto que não ocorreu em um dos quatro grupamentos (Agropecuária, no caso). A alta em relação a abril do ano passado, por outro lado, repercutiu em todas as quatro atividades.
Em abril, apenas um dos quatro setores assinalou pontuação superior a zero: o segmento de Agropecuária, com 91 pontos. Os demais resultados foram: Indústria, -105 pontos; Serviços, -118 pontos; e Comércio, -55 pontos. Dessa forma, o setor de Agropecuária foi o de melhor pontuação pela segunda vez seguida, enquanto a atividade de Serviços registrou o menor nível de confiança pelo segundo mês consecutivo.
Do conjunto avaliado de assuntos, os temas crédito, situação financeira e capacidade produtiva foram aqueles com as piores expectativas do empresariado baiano. Em contrapartida, as variáveis juros, PIB nacional e exportação apresentaram os indicadores de confiança em situação mais favorável no mês.
foto: reprodução