Terminuou sem acordo a primeira audiência de conciliação entre a Arquidiocese de Salvador e a Devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim. Uma nova sessão foi marcada para o próximo dia 13 de maio, às 9h, na sede do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).
A audiência procura encerrar a disputa que se arrasta desde janeiro de 2023 após divergências entre membros da Irmandade do Senhor do Bonfim e o padre da Basílica, Edson Menezes, que acabaram em um decreto feito no dia 02 de agosto pelo arcebispo de Salvador, cardeal Dom Sergio da Rocha que determinou uma intervenção na Irmandade Devoção do Senhor do Bonfim.
No ato, foi decretado o afastamento imediato de Jorge Nunes Contreiras, que atuava como juiz da congregação desde janeiro deste ano. A decisão foi tomada três meses após o conflito entre o padre Edson Menezes, reitor da Basílica do Bonfim, e o então juiz se tornar público.
Uma ação judicial foi feita no final de setembro de 2023 por membros da devoção contra a Arquidiocese de Salvador. Segundo o irmão mesário e advogado, Eduardo Carreira, a ação questiona a interferência da Arquidiocese nas atividades administrativas da igreja.
“Nosso objetivo é garantir o cumprimento daquilo que está escrito no regimento interno. Nós entemos que a Arquidiocese não tem legitimidade para interferir na decisão em atos administrativos. Apenas em atividades religiosas que a decisão final é do cardeal Dom Sérgio da Rocha”, afirmou.
A sessão foi realizada na última segunda-feira (15) na sede do TJBA e mediada pelo desembargador e relator do processo Jorge Barreto. Segundo o órgão, a intenção era garantir o diálogo entre as partes visando a resolução do processo sem a necessidade de uma decisão judicial. Eduardo conta que as conversas caminharam em direção a um possível encerramento do processo na próxima sessão, realizada em maio.
FOTO: Divulgação/TJBA