As investigações da Policia Federal (PF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicam para um cenário de corrupção generalizada no Judiciário baiano. O CNJ avalia uma intervenção no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
A justiça baiana ganhou holofotes nacionais em 2019, quando a Operação Faroeste desmantelou um esquema de venda de sentenças no TJ-BA, que beneficiavam grileiros do oeste do estado. Além dos magistrados, a corrupção alcançava membros do Ministério Público e a antiga gestão da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
O corregedor nacional de justiça e ministro do STJ, Luís Felipe Salomão, visitou o TJ-BA, nesta semana, para averiguar as queixas relatadas e confirmou a intenção de intervir no órgão.
“Há notícias de que o esquema continua em vigor. O Judiciário da Bahia tem muitas denúncias de morosidade. Estamos pensando em alguma forma de intervenção”, afirmou o ministro à revista Veja.
De acordo com apuração do portal A Tarde, o CNJ estaria com foco em juízes e desembargadores que estão as vésperas de aposentadoria compulsória, aos 75 anos de idade, como é o caso do desembargador Luiz Fernando Lima, que foi afastado do cargo em outubro do ano passado.
Foto: Divulgação/TJ-BA.
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