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BBB 24 PODE TER UM BAIANO CAMPEÃO PELA TERCEIRA VEZ

João Paulo - 13/04/2024 10:30 - Atualizado 13/04/2024

No próximo dia 16 termina a edição desse ano do Big Brother Brasil (BBB). O mais famoso reality show da TV brasileira pode premiar com até R$ 3 milhões o motorista de aplicativo, Davi Brito. Se ele conseguir vencer, será o terceiro baiano a conquistar o prêmio máximo do programa. O primeiro foi o escritor, jornalista e professor, Jean Wyllys, em 2005, seguido, no ano seguinte, pela empresária Mara Viana. Com fãs e críticos, o BBB tem sido mais que entretenimento, pois descortina os muitos problemas da convivência social registrados ininterruptamente por câmeras em um meio de comunicação de alcance significativo e difuso. Os efeitos individuais e coletivos tem sido um debate constante desde o início da transmissão em 2002, com dois episódios no mesmo ano. Reunindo participantes interessados em fama ou no prêmio em dinheiro, o BBB também tem levantado debates interessantes, como o da homoafetividade assumida por Jean Wyllys em uma cena ao vivo.

Em 2005, o Big Brother era um fenômeno da TV aberta com repercussão em sites. Redes sociais estavam longe do que são hoje ao mobilizar torcidas que já chegaram a interferir em muitos dos resultados do programa. A vitória de Jean Wyllys ocorreu por meio de voto por SMS, que incluía a cobrança de tarifas, e enquete da Internet. A final mobilizou a Bahia, mas principalmente os moradores de Alagoinhas, que é a cidade de origem do jornalista.

Já Mara Viana ganhou o público por sua principal motivação para participar do programa: conseguir recursos para custear o tratamento de sua filha com paralisia cerebral. Desde a participação de Jean Wyllys e Mara Viana o método para a escolha dos favoritos pelo público mudou muito. A edição que pode fazer mais um baiano campeão inaugurou o voto único, com registro do CPF, combinado ao da torcida. A votação é feita apenas no canal oficial da Globo. O voto único foi uma estratégia adotada pela direção do programa para evitar as distorções que vinham acontecendo nas últimas edições por conta dos chamados mutirões de torcida. Se a candidata ou candidato ao prêmio tivesse uma boa estratégia de comunicação digital já saía em vantagem.

Além disso, os debates acalorados, sobretudo no X, antigo Twitter, e mais recentemente no Instagram, têm levantado suspeitas sobre ações ainda nebulosas que envolvem agências de marketing digital em parceria com as chamadas páginas de fofocas e assessorias do elenco do programa. Nesse embate sobram as denúncias de que uma determinada rede integrada por esses três elementos persegue os concorrentes das outras ou que não tem essa estrutura chegando à imputação de crimes. Davi Brito, por exemplo, é constantemente atacado por torcidas adversárias envolvendo ações racistas e acusações de assédio.

 

Foto Davi Brito: Paulo Belote | O Globo

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