As ameaças feitas por golpistas no ambiente digital estão cada vez mais sofisticadas. Essa é a opinião de nove entre dez entrevistados pelo Instituto Datafolha, que realizou, a pedido do Nubank, uma pesquisa para entender a percepção dos brasileiros a respeito de assuntos relacionados à segurança.
Para 75% dos participantes, as instituições financeiras e os seus clientes têm papéis igualmente relevantes para a prevenção de golpes; a maioria também aponta motivos mais relacionados à vulnerabilidade das vítimas como principais fatores que levam um golpe a se concretizar. Vale dizer que existe uma diferença entre os conceitos de golpe e fraude. Em situações de fraude, o criminoso burla o sistema das instituições sem a participação da vítima ou se utiliza de mecanismos de violência ou coação para realizar a transação financeira em nome da vítima e sem o seu consentimento; já no caso dos golpes, que têm sido mais comuns, o infrator conta com a participação do próprio cliente, que está sendo enganado e manipulado, para que a operação indevida aconteça.
Entre os entrevistados pelo Datafolha, 72% disseram que já ouviram falar de pessoas que foram vítimas de golpes em aplicativos de instituições financeiras. Deste universo, 56% indicaram, em respostas espontâneas, fatores relacionados à falta de conhecimento e atenção ou à ingenuidade das vítimas como principais motivos explorados pelos criminosos e que levaram o golpe a acontecer – como dificuldade em identificar um golpe, pouca informação sobre como eles acontecem, confiança em contatos falsos ou clique em links suspeitos, por exemplo.
Para 15% das pessoas que já ouviram falar de situações assim, os motivos mais citados estão ligados à sofisticação dos golpes – o poder de convencimento e a criatividade dos criminosos aparecem entre as respostas espontâneas. O mesmo percentual (15%) se aplica a quem mencionou falhas de segurança ou atendimento das instituições como causas principais para os golpes ocorrerem – na percepção dessa parcela dos entrevistados, situações hipotéticas de vazamento de dados pessoais e impressão de falta de segurança de aplicativos são razões preponderantes para a efetivação de golpes financeiros.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil