Segundo dados da Produção Agrícola Municipal de 2022, revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Bahia, a produção cafeeira movimenta R$2,4 milhões na economia, o que representa 5,7% do valor total gerado no estado pela agricultura de lavouras temporárias e permanentes.
Atualmente, o Brasil é o maior produtor de café do mundo. O país exportou 39,2 milhões de sacas de 60 quilos de café em 2023 para 152 países – 1,3% a menos na comparação com o ano anterior –, segundo dados consolidados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a redução da exportação em 2023 foi influenciada pela restrição dos estoques no início do ano, após as adversidades climáticas que limitaram a produção nacional nas safras 2021 e 2022.
Por sua vez, a Bahia segue entre os quatro maiores produtores do país e deve ter crescimento de 6,4% na produção total de café, com 3,6 milhões de sacas previstas até setembro. No estado, é esperado 1,2 milhão de saca de café arábica, com alta da produção atribuída à bienalidade positiva, ainda que o resultado seja limitado pela previsão de chuvas abaixo da média. Quanto ao café conilon, são esperados 2,3 milhões de sacas, resultado de um bom emprego de melhorias tecnológicas, mas igualmente limitado pela previsão de chuvas abaixo da média.
Segundo a Conab, o cultivo de café arábica se dá nas regiões do Planalto (centro-sul e centro-norte baiano) e no Cerrado (Extremo-Oeste da Bahia). “De maneira geral, o Planalto se caracteriza pelas áreas de maior altitude e clima ameno, favorecendo o desenvolvimento do café na região, especialmente aquele grão destinado para produção da bebida de maior qualidade”, diz a entidade no último boletim da Safra Brasileira de Café.
As lavouras de café no Planalto estão divididas em três microrregiões: Chapada Diamantina, Vitória da Conquista e Brejões. Já as lavouras de café no Cerrado estão divididas em quatro municípios: Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e Cocos. Nessas quatro cidades, o manejo do café é totalmente irrigado e possui um cultivo concentrado em grandes propriedades, conduzido por grupos empresariais, e tendo 100% das operações de colheita em caráter mecanizado.
No que diz respeito ao cultivo do café conilon baiano, há concentração na região do Atlântico, no sul da Bahia, e especificamente em quatro microrregiões: Extremo-Sul, Costa do Descobrimento, Litoral Sul e Baixo Sul, visto que todas elas apresentaram uma alta adaptabilidade a esse tipo de café, ficando entre uma das maiores produtividades médias do país.