O IPCA-15 de março na Região Metropolitana de Salvador (0,23%) foi resultado de aumentos nos preços de cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para formar o índice. Com o fim do impacto sazonal dos preços da educação (que variaram 0,02% em março, frente a 6,08% em fevereiro), alimentação e bebidas voltou a ter o maior aumento entre os grupos, como havia ocorrido em janeiro, com alta de 1,08%. Também exerceu o principal impacto para cima no IPCA-15 de março, na RMS.
Tanto os alimentos comprados para consumo no domicílio (1,09%) quanto comer fora (1,05%) tiveram altas significativas, puxadas, no primeiro caso, por itens como banana-prata (8,79%), pão francês (2,17%) e leite em pó (4,47%); e, no segundo caso, por refeições – almoço ou jantar fora (0,95%) e lanche (1,01%). Dos 10 produtos e serviços que mais aumentaram de preço, na RM Salvador, segundo o IPCA-15 de março, 8 foram alimentos, liderados pelo coentro (22,27%), o cheiro-verde (14,33%) e o repolho (12,29%).
O grupo saúde e cuidados pessoais teve o segundo maior aumento médio de preços (0,81%) e deu a segunda contribuição de alta mais importante para o IPCA-15 do mês, na RMS. Foi puxado principalmente pelos medicamentos em geral (produtos farmacêuticos, 1,98%) e pelos planos de saúde (0,78%). Estes últimos exerceram a segunda maior pressão inflacionária individual, na prévia de março. Por outros lado, as deflações registradas em transportes (-0,37%) e vestuário (-1,21%) foram as principais responsáveis, nessa ordem, por segurar o aumento geral do IPCA-15, em março, na RM Salvador.
No primeiro caso, as contribuições mais significativas vieram das passagens aéreas (-19,35%, maior queda média de preços entre todos os itens pesquisados) e do aluguel de veículos (-11,70%, segunda deflação mais intensa entre todos os itens). No segundo caso, as roupas femininas (-1,89%) e masculinas (-1,05%) exerceram as principais influências. Apesar de o grupo transportes ter sido importante para segurar o aumento da prévia da inflação de março na RM Salvador, a gasolina foi o item cujo aumento individual (1,11%) mais puxou para cima o IPCA-15 do mês.