A vereadora Marta Rodrigues (PT) disse, nesta sexta-feira (22), que a venda de grande parte das áreas verdes de Salvador para o Hiperideal, de propriedade do ex-deputado João Gualberto (PSDB), aliado do prefeito Bruno Reis, deixa evidente o descompromisso da prefeitura de Salvador com a população e o meio-ambiente e o favorecimento de grupos políticos, empresários e apoiadores.
Marta Rodrigues afirma que o fato só reforça o descaso da gestão municipal com questões como saúde, educação, creches, uma vez que muitos dos terrenos estavam destinados para tais funções.
Segundo ela, a falta de transparência nos projetos de desafetação foi grave, pois não apresentou estudos técnicos que justificassem a perda de milhares de metros quadros.
“A prefeitura faz da cidade o que bem quer, como se fosse dono dela e pelo visto o faz em causa própria. Vende áreas, permite espigoes na praia. O poder público não pode se vender para a especulação imobiliária que ameaça diversas lutas, ambientais, de moradia, por melhor educação e por qualidade de vida> Não somos contra o empresariado responsável, que ger emprego e que tenha consciência ambiental. Mas não é a realidade: se você andar pela cidade, vai ver muitas lojas gigantescas do amigo do prefeito ou do antecessor, dentre tantos outros amigos”, declarou a petista.
Para Marta, a aliança que Bruno Reis pretende fazer com o PL de Bolsonaro e com o Novo o escancara o modelo devastador do meio ambiente adotado por ele. “as políticas ambientais são semelhantemente catastróficas”.
Ela diz que enquanto Bolsonaro destruiu parte da Amazônia, desmontou conselhos e políticas públicas de preservação e reflorestamento, entregando parte do país à especulação imobiliária, Bruno repete o modelo de gestão em Salvador, iniciado pelo antecessor.
“Ele vai de encontro a agenda global e ambiental num dos momentos mais drásticos provocados pelas mudanças climáticas, inclusive em Salvador, eleita a quinta capital mais aquecida do país, conforme pesquisa do renomado Instituto Climate Central, que faz pesquisas sobre clima e cria relatórios.
“Autoridades, gestores, instituições do mundo inteiro assinaram a Emergência Climática e o prefeito faz tudo ao contrário”, destaca.
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