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CAMAÇARI É A QUARTA CIDADE COM O AR MAIS POLUÍDO DO BRASIL. VEJA O RANKING

Emilly Lima - 20/03/2024 16:59 - Atualizado 20/03/2024

O relatório World Air Quality de 2023, conduzido pela IQAir, trouxe à tona dados alarmantes sobre a qualidade do ar em diversas cidades ao redor do mundo. No Brasil, Manaus, capital do Amazonas, desponta como uma das cidades com piora significativa na qualidade do ar entre 2021 e 2023.

A cidade de Camaçari é a 4ª cidade mais poluída do Brasil, superada apenas por  Xapuri, no Acre;  Osasco em São Paulo; e  Manaus no Amazonas). Camaçari teve 16,2 , o que excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS. Para se ter uma ideia, no Brasil, que tem o melhor ar entre as cidades pesquisadas, foi Brasília com 6.8, enquanto São Paulo registrou 13.5 e o Rio de Janeiro 10.6. Dentre as pesquisadas apenas Fortaleza ficou dentro dos parâmetros da ONS

Segundo o relatório, a quantidade de materiais particulados com diâmetro de até 2,5 micrômetros (MP 2,5) na atmosfera manauara ultrapassa em mais de três vezes o parâmetro estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em comparação com 2021, o nível de MP 2,5 na cidade aumentou, tornando a situação ainda mais preocupante.

Além de Manaus, outras cidades brasileiras também enfrentam sérios problemas de poluição do ar. Osasco, na região metropolitana de São Paulo, ocupa o segundo lugar, seguida por Guarulhos, Rio Claro e Cubatão, todas no estado de São Paulo. O município de Xapuri, no Acre, foi identificado como o mais poluído do país.

Entre as cidades brasileiras analisadas, apenas Fortaleza conseguiu manter-se dentro dos parâmetros estabelecidos pela OMS, destacando-se pela sua qualidade de ar relativamente melhor em comparação com outras localidades.

O relatório revela que a poluição atmosférica, especialmente causada pelos materiais particulados, está associada a uma série de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares e respiratórias. Essa preocupação é reforçada pela constatação de que o nível de MP 2,5 na atmosfera brasileira é mais que o dobro do recomendado pela OMS, apesar de uma leve redução em comparação com anos anteriores.

Globalmente, o relatório aponta Bangladesh como o país com a pior qualidade de ar em 2023, seguido por Paquistão e Índia. A situação é alarmante em diversos continentes, exigindo esforços locais, nacionais e internacionais para lidar com essa questão urgente de saúde pública.

Abaixo, todas as cidades brasileiras analisadas.

Qualidade do ar nas cidades brasileiras

– Xapuri (Acre): 21 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);

– Osasco (São Paulo): 19,4 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);

– Manaus (Amazonas): 16,8 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);

– Camaçari (Bahia): 16,2 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);

– Guarulhos (São Paulo): 16 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);

– São Caetano (São Paulo): 15,9 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);

– Rio Claro (São Paulo): 15,5 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);

– Cubatão (São Paulo): 15,4 (excede de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS);

– Acrelândia (Acre): 15 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Campinas (São Paulo): 15 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Mauá (São Paulo): 14,6 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Porto Velho (Rondônia): 14,3 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– São Paulo: 14,3 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Senador Guiomard (Acre): 13,4 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Santos (São Paulo): 13,1 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Ribeirão Preto (São Paulo): 13 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Jundiaí (São Paulo): 12,6 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Rio Branco do Sul (Paraná): 11,9 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Curitiba (Paraná): 11,9 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Rio Branco (Acre): 11,8 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Piracicaba (São Paulo): 11,8 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Rio de Janeiro: 11,7 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Manoel Urbano (Acre): 11,5 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– São José dos Campos (São Paulo): 11 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Taubaté (São Paulo): 10,6 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Guaratinguetá (São Paulo): 10,2 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Timóteo (Minas): 10,1 (excede de 2 a 3 vezes o parâmetro da OMS);

– Serra (Espírito Santo): 9,3 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);

– São José do Rio Preto: 9,3 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);

– Palmas (Tocantins): 9,3 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);

– Macapá (Amapá): 8,5 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);

– Cruzeiro do Sul (Acre): 8,4 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);

– Tarauacá (Acre): 8,2 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);

– Jambeiro (São Paulo): 8 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);

– Boa Vista (Roraima): 7,2 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);

– Guarapari (Espírito Santo): 7 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);

– Brasília: 6,8 (excede de 1 a 2 vezes o parâmetro da OMS);

– Fortaleza: 3,4 (dentro do parâmetro).

Foto: José Carlos Almeida

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