A Universidade de Stanford (EUA) e a Ciência Pioneira, uma ação sem fins lucrativos que apoia a pesquisa científica no Brasil vinculada ao Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), anunciaram o início dos testes pré-clínicos de um antiviral para combater o vírus da dengue.
Atualmente, não há um tratamento específico para a doença, que causa transtornos no Brasil todos os anos. No entanto, em 2024, a dengue atinge a proporções consideradas inéditas: atualmente, já temos mais de 1,6 milhão de casos registrados no Brasil.
Victor Gueddes, pesquisador de pós-doutorado em genética e fellow da Ciência Pioneira afirma que esse estudo é uma extensão de pesquisas direcionadas ao desenvolvimento de antivirais para hepatite. Posteriormente, os mesmos elementos foram testados para outros vírus, como arbovírus como dengue, zika e chikungunya, e os resultados deram-se de forma satisfatória em análises em modelos de laboratório.
Sob a liderança de Jeffrey S. Glenn, professor de imunologia e microbiologia em Stanford, Gueddes prevê que o próximo estágio avaliará a eficácia do antiviral em camundongos. Os testes estão previstos para iniciar em abril, com o suporte da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
(Estadão)
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