Como morar dentro de um caldeirão. Assim os moradores do município do Cipó, no norte da Bahia, descrevem a experiência de lidar com o calor da última segunda-feira (11), quando o local registrou a quarta maior temperatura do Brasil, com 38,4ºC. Os dados são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo o munícipio, não houve registros de atendimentos médicos em decorrência das altas temperaturas.
A servidora pública Ilana Leone conta que, por causa do calor, passou mal no final da tarde, enquanto estava na academia. “Eu fiquei tonta e não consegui terminar os exercícios. De noite foi muito difícil, porque quando eu tomava banho, a água estava quente ao ponto de ficar insuportável. Nem meus filhos que gostam de banho quente aguentaram”, afirmou. “Eu trabalho com piscicultura [criação de peixes] e a temperatura da água está muito alta. A gente está tendo que fazer renovação de água constante porque os peixes não estão aguentando”, completou.
Moradora de Cipó, Andrea Macedo compartilhou a sensação de viver na cidade nessa onda de calor. “É quase insuportável. A gente se sente muito mal. O rosto esquenta, começa a arder, é muito desconfortável. É como morar dentro de um caldeirão de água quente. A gente suporta porque não tem outro jeito”, reclama. No Brasil, as cidades que tiveram as maiores temperaturas foram: Boa Vista (40,1°C), em Roraima, Corumbá (38,6°C), no Mato Grosso do Sul, e Pão de Açúcar (38,5°C), em Alagoas. Em Ribeira do Amparo, a cerca de 20 minutos do centro de Cipó, os termômetros marcaram 37,3ºC.
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