Ainda recém nascido, Emerson Santos foi diagnosticado com doença falciforme, uma mutação genética que afeta as células sanguíneas, dificultando o transporte de oxigênio pelo corpo. Hoje, aos 10 anos, ele é um dos pacientes atendidos pelo Centro Estadual de Referência às Pessoas com Doença Falciforme – Rilza Valentim (CERPDF), que, nesta quarta-feira (13), completa um ano de funcionamento.
Ao longo de 2023, a unidade registrou 117.166 procedimentos e se tornou um modelo para o atendimento e tratamento de enfermidades hematológicas benignas, não apenas no Brasil, mas, também, em outros países, como Angola. A dona de casa Maria dos Anjos, mãe de Emerson, destaca que o centro tem sido fundamental para o tratamento e bem-estar do filho.
“Desde que começou a frequentar a unidade, ele tem recebido um atendimento especializado e de alta qualidade, o que tem facilitado muito o gerenciamento da condição de saúde dele. Aqui, ele recebe não só os serviços médicos necessários, mas, também, apoio emocional e social, essenciais para lidar com os desafios que a doença falciforme traz”, conta Maria.
De acordo com o chefe de gabinete da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Cícero Rocha, a inauguração do centro representou uma nova abordagem de saúde pública da Bahia: “esse equipamento sempre foi uma reivindicação histórica e uma necessidade para nós, devido à incidência da doença falciforme na Bahia, especialmente considerando nossa diversidade racial e o fato de que a doença afeta predominantemente a população negra, que é a maioria em nosso estado. Celebramos um ano com várias realizações. É um equipamento que foi construído em colaboração com associações e após discussões com o controle social”.
Foto: Thuane Maria/GOV BA