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SOCIAL MEDIA: PROFISSÃO DO FUTURO QUE TRAZ LIBERDADE E AUTONOMIA DE TEMPO

João Paulo - 11/03/2024 14:45

O social media está à frente das redes sociais de marcas, figuras públicas e empresas. É responsável por pensar e executar estratégias de marketing para que o público-alvo seja impactado positivamente. Muitas pessoas, sobretudo mulheres, vêm nessa profissão a oportunidade de ter maior autonomia do seu tempo, estar mais perto das pessoas amadas e se livrar dos ambientes de trabalho considerados tóxicos, já que essa área, muitas vezes, propõe vagas de emprego na modalidade remota.

Quem não pensa na possibilidade de estar abaixo na pirâmide hierárquica do mercado de trabalho, tem a facilidade para empreender, e, de forma autônoma, captar clientes que querem se tornar notáveis em meio a infinidades de conteúdos que inundam as redes sociais?

De acordo com o Glassdoor, site de recrutamento que informa a média salarial de profissionais, a faixa de salário base de um social media no Brasil vai de R$ 2 mil a R$ 3 mil por mês. Já a remuneração variável é de cerca de R$ 8 mil.

“Claro que, assim como em outras áreas, há dificuldades, sobretudo na questão de remuneração, mas essa área oportuniza muitos trabalhos remotos, o que nos permite um ganho de tempo, sem contar que não precisamos estar, necessariamente, ligadas a uma empresa para trabalhar, podemos empreender”, afirma a social media e especialista em tráfego pago Carol Medeiros. “Hoje em dia, todo mundo quer existir no digital, seja o seu amigo, que é dentista, ou aquele familiar, advogado, as oportunidades estão ao nosso lado”, completa.

Segundo um levantamento feito pela rede social LinkedIn, das mais de 5 mil vagas de social media oferecidas pelas empresas na plataforma no primeiro três meses de 2023, mais de 60% deles eram nas modalidades remotas ou híbrido. Outra pesquisa, dessa vez realizada pelo site de contratações Freelancer.com, apontou o social media como uma das profissões mais promissoras para os autônomos no primeiro semestre de 2023, quando a demanda por profissionais aumentou 16% (de 6,524 para 7,574 empregos).

“Imagina o que é acordar cedo para ir ao trabalho, perder duas ou três horas do seu dia, enfrentar um ônibus lotado e pontos vazios, arriscando sofrer qualquer tipo de violência por ser mulher? Embora o modelo remoto não seja unanimidade entre as empresas que contratam, essa possibilidade é maior para o social media do que para outras áreas”, opina a social media freelancer Márcia Fernandes.

A executiva de marketing, social media e empreendedora, Daniele Lopes Rodrigues, estava em um dos momentos mais sublimes da sua vida, a maternidade, quando foi chamada, aos seis meses de gestação, até o setor de Recursos Humanos da empresa da área de logística da qual fazia parte.

Lá, foi comunicada que não poderia mais continuar no quadro de funcionários e que, a partir daquele momento, estava sem emprego. Após assinar a carta de dispensa, tentou se recolocar em sua área de atuação o mais rápido possível, mas percebeu que estar grávida era um grande empecilho. “Eu fiz diversas entrevistas de emprego e todas elas foram barradas no momento em que eu disse que estava grávida”, conta Daniele.

A profissional fez um curso ministrado por especialista em mídias sociais e ofereceu-se para gerenciar os perfis de uma startup especializada em gestão de crises. A empresa estava começando suas operações no Brasil e oportunidade foi o que a executiva de marketing precisava para iniciar sua carreira como social media.

“Eu consegui vender mais uma estratégia de conteúdo, dessa vez para uma startup focada em e-commerce e, nesse momento, a empresa está analisando a possibilidade de uma ampliação do contrato para que eu faça a gestão de suas redes sociais e seja responsável também pelo growth”, diz a executiva de marketing.

Além da liberdade geográfica que ganhou devido ao trabalho remoto, Daniele relata que a profissão de social media propiciou a ela uma independência que só o ato de empreender traz e também uma estabilidade financeira.

“O profissional consegue uma liberdade geográfica, que permite a ele que o trabalho se adeque à sua rotina e não ao contrário. Dependemos do dinheiro para tudo. Ainda mais quando estamos grávidas. Hoje, depois de me tornar social media, abrir minha agência e vender as estratégias de conteúdo para as startups eu me sinto bem mais tranquila. Eu estou me redescobrindo e gostando muito de tudo isso”, conta.

Aexecutiva de marketing, social media e empreendedora, Daniele Lopes Rodrigues Crédito: Divulgação

 

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