Duas empresas que exploram campos maduros de petróleo na Bahia e em outros estados começaram a discutir a possibilidade de uma fusão.
Trata-se da 3R Petroleum, que opera campos na Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte, e da PetroRecôncavo, cuja sede fica aqui e opera campos em terra (onshore) e no mar (offshore) localizados na Bahia e no Rio Grande do Norte.
Ambas são consideradas petroleiras juniores e com a suspensão da venda de ativos pela Petrobras, no atual governo, empresas do setor passaram a considerar o crescimento por meio de fusões e aquisições. A fusão criaria uma empresa com valor em bolsa de quase R$ 15 bilhões.
Quem estimulou o processo foi a Maha Energy , acionista da 3R, que propôs a fusão de ativos onshore entre a 3R Petroleum e a PetroReconcavo, (veja aqui) mas agora as empresas estão conversando oficialmente e assinaram um termo de confidencialidade.
A 3R é assessorada pelo Itaú BBA e a PetroReconcavo é assessorada por Jefferies e Rothschild. O CEO da PetroReconcavo, José Firmo, disse durante a apresentação de resultados da companhia que vê mérito na potencial transação, mas pode avaliar diferentes formatos.
A 3R vale hoje em bolsa R$ 6,9 bilhões, somando on e offshore, e a PetroReconcavo vale R$ 6,77 bilhões. Na incorporação, cada parte teria 50% do negócio onshore, de acordo com a proposição da Maha.
Mas a 3R e PetroReconcavo devem redesenhar essa proposta em conjunto. A fusão tem tudo para dar certo, afinal a PetroReconcavo utiliza ativos industriais da 3R em alguns polos e há a complementaridade de infraestruturas e sinergias entre elas. Com informações de Pipeline.