A FriGol, o quarto maior frigorífico de carne bovina do Brasil, divulgou seus resultados do quarto trimestre de 2023, registrando um lucro líquido de R$ 21,1 milhões, em comparação ao prejuízo de R$ 22,5 milhões no mesmo período de 2022. Nesse intervalo, o lucro de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da empresa aumentou mais de 11 vezes, atingindo R$ 72,2 milhões, enquanto a receita líquida cresceu 16,1%, totalizando R$ 854,6 milhões. As informações foram obtidas através do portal InfoMoney.
Em todo o ano de 2023, o Ebitda da FriGol registrou uma queda de 41,5%, totalizando R$ 146,7 milhões, enquanto a receita líquida diminuiu 13,6%, chegando a R$ 3,087 bilhões. Eduardo Miron, CEO da empresa, ressaltou que 2023 foi o segundo melhor resultado financeiro da história da FriGol, mas enfatizou que é importante analisar o comparativo anual considerando que 2022 foi um ano positivamente atípico para o setor, ao passo que 2023 foi marcado por desafios como a suspensão das exportações para a China e conflitos no Oriente Médio.
No ano passado, a FriGol ampliou a capacidade de suas três plantas localizadas em Lençóis Paulista (SP), Água Azul do Norte (PA) e São Félix do Xingu (PA), resultando em um aumento de 21% no número de bovinos abatidos, totalizando 573 mil animais. No entanto, apesar do aumento no volume de abate, a receita foi menor devido à queda de cerca de 20% no valor médio da arroba, refletindo a diminuição dos preços da carne tanto no mercado nacional quanto no internacional, de acordo com Eduardo Masson, CFO da FriGol.
O embargo chinês à carne brasileira por cerca de um mês no final do primeiro trimestre contribuiu para que as vendas no mercado externo representassem 49,8% da receita bruta da empresa em 2023, em comparação com 52% no ano anterior. A China, principal destino das exportações da FriGol, também registrou preços mais baixos em comparação a 2022.
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