Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), defendeu nesta segunda-feira (4), a ampliação da autonomia da autarquia. A autonomia financeira e administrativa, prevista em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que tramita no Congresso, foi considerada por ele como um “passo natural”.
Segundo Campos Neto, quase todos os bancos centrais, mais de 90%, que possui a autonomia operacional contam também como a autonomia financeira. Com ela, o banco central pode determinar sua própria política de pessoal, incluindo os salários pagos aos servidores, que têm se mobilizado por bônus e reajustes salariais.
Ao responder a perguntas sobre o assunto depois da palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Campos Neto disse ser relevante preservar o quadro técnico qualificado do BC para permanecer a autarquia inserida na agenda de tecnologia e inovação, o que resultou na criação do Pix.
Desenvolvido pelo BC, o sistema de pagamentos instantâneos, de acordo com Campos Neto, apenas a “ponta do iceberg” das inovações que estão sendo implementadas para ampliar a inclusão financeira no Brasil. “Por isso, é importante o BC funcionar de forma autônoma”, disse.
“O corpo de funcionários do BC é técnico, e tenho confiança de que continuará técnico”, acrescentou. Segundo o presidente do BC, os funcionários estão “muito comprados” no processo de autonomia do BC.
(Estadão)
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