As inscrições para mais uma edição da Oficina de Performance Negra, oferecida de forma gratuita pelo Bando de Teatro Olodum, começam na próxima sexta-feira (1°). Há mais de uma década, a mais reconhecida companhia de teatro negro do Brasil promove oficinas em comunidades periféricas, capacitando novos talentos das artes cênicas, comprometidos com a valorização da cultura afro-brasileira.
Os participantes têm aulas de teatro, música, dança e memória e identidade negra, ministradas pelos integrantes do Bando. A metodologia é desenvolvida pelo grupo ao longo de quase 34 anos de existência nos palcos e nas telas. Além dos mais de 30 espetáculos teatrais montados e da participação em séries e filmes, como Ó Paí, Ó, o Bando já revelou talentos como Lázaro Ramos, Érico Brás, Sulivã Bispo, Edvana Carvalho, Virginia Rodrigues, entre outros artistas que brilham no teatro, no cinema e na televisão brasileira.
O ator Lucas Leto, por exemplo, que se destacou nas novelas Bom Sucesso (2019) e Pantanal (2022) da Rede Globo, participou da segunda edição da Oficina de Performance Negra, em 2014. Ele apresentou peças do repertório do Bando como ‘Relato de uma guerra que (não) acabou’ e ‘Ó Paí, Ó’. A edição 2024 da Oficina de Performance Negra do Bando de Teatro Olodum será realizada entre março e junho, em três núcleos: Subúrbio, no Centro Cultural Plataforma; Cidade Baixa, no Espaço Cultural Alagados; e Centro Histórico, nas dependências do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), com 20 vagas em cada unidade. Ao término da formação, cada grupo realizará fará uma mostra e o encerramento será com um espetáculo que reunirá todos os participantes.
Para participar da oficina é necessário ter mais de 18 anos. Não precisa possuir experiência em artes cênicas e as inscrições vão até o dia 15 de março e serão através do Formulário Online disponível no perfil do grupo: https://www.instagram.com/bandodeteatroolodum/
“Com as oficinas de Performance Negra, o Bando se conecta com os diversos públicos e movimentos artísticos da cidade, compartilhamos nossas experiências, inspiramos os talentos que estão nas comunidades negras e que são despertados nas trocas com os artistas veteranos por meio de uma metodologia desenvolvida pelo Bando, que une o teatro, a dança, a música e uma tomada de consciência sobre nosso papel como artista negro em uma sociedade racista”, explica o ator Fabio Santana, que integra o Bando de Teatro Olodum desde 2002, e antes disso já tinha o grupo como referência para a companhia de teatro que participava no Subúrbio Ferroviário de Salvador.
Foto: Divulgação/ Maíse Xavier
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