sexta, 25 de abril de 2025
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CORTES ORÇAMENTÁRIOS JÁ CAUSARAM MUITOS ESTRAGOS NA UFBA; VEJA HISTÓRICO 

João Paulo - 28/02/2024 07:15

O Corte de R$ 13 milhões para 2024 no orçamento da Universidade Federal da Bahia não é o primeiro de sua história. Em outros momentos com outros cortes a Universidade já sofreu alterações graves no funcionamento. Desde 2016 depois de cortes recorrentes que a UFBA vem alterando seu modo de operar devido a restrições no orçamento. Estudantes e professores, que preferem não revelar o nome, citam a falta de manutenção, redução nas ações de limpeza e o desuso de ar-condicionado.

“O primeiro problema que se vê é a redução das equipes de limpeza, sendo muitas delas terceirizadas pela Ufba através dos contratos que estão inseridos no orçamento que sofreu corte. No caso da rotina de limpeza, vimos alterações antes mesmo da pandemia. Não é como se deixasse de ter pessoas limpando, não é isso. O que se teve foi uma clara redução nas ações dos profissionais responsáveis por isso nas faculdades”, conta uma professora em entrevista ao Jornal Correio. O orçamento de custeio citado pela professora corresponde aos recursos aplicados em despesas com contratos de prestação de serviços, aquisição de materiais de consumo, diárias, passagens, bolsas e benefícios. Um estudante lembra, por exemplo, a situação em que a universidade ficou sem manutenção e poda da grama quando não havia aulas presenciais na pandemia.

“A gente passava em frente ao Campus de Ondina e via lá dentro um mato enorme naquela parte da frente. Por conta da ausência de aula presencial e da pandemia, os cortes, naquela época fizeram até esse tipo de manutenção ser afetado. Porém, antes do covid-19, a gente já via os prédios com uma manutenção atrasada, as ruas da universidade com buracos e uma situação ruim”, lembra ele.

Há também a recomendação – ou determinação – da abertura das janelas em salas de aula e o desuso do ar-condicionado. “Muitos professores fizeram isso e a gente passou bastante tempo assim. Todo mundo entendia o porquê, já que a universidade precisava pagar as contas. No entanto, era duro, principalmente, no verão. Em muitos casos também, nem era opção porque o ar-condicionado sempre estava quebrado”, completa. Recentemente, no final de 2023, estudantes denunciam um sucateamento das residências universitárias da Ufba, que penam sem o investimento necessário para reformas que estão pendentes há décadas.

Crédito: Marina Silva/CORREIO

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