No ano de 2020, durante a pandemia de Covid-19, o Ministério da Saúde utilizou R$ 31,9 milhões na compra de preservativos femininos, conforme constatou a Controladoria-Geral da União (CGU), conforme informações divulgadas pelo jornal Metrópoles. Essa quantia foi destinada à aquisição de dez milhões de preservativos femininos em látex, o que equivale a 19.938 diárias de leitos de UTI Covid.
A CGU identificou falhas na estimativa de cobertura do estoque e no cálculo da demanda pelo material, destacando que esse montante poderia ter sido direcionado para o combate direto ao coronavírus.
De acordo com a CGU, os valores totais estimados dos contratos firmados foram de R$ 31,5 milhões, com um total pago de R$ 31.901.048,80. O Ministério da Saúde celebrou três contratos, provenientes de uma licitação para a compra dos preservativos. Embora uma das fornecedoras, a Precisa Comercialização e Medicamentos, tenha sido investigada na CPI da Covid, o contrato foi cancelado, e a empresa foi multada.
A distribuição dos preservativos só ocorreu em outubro de 2021, após mais de nove meses do recebimento do primeiro lote. A CGU recomendou multas para a Precisa Comercialização de Medicamentos, a Injeflex e outras empresas estrangeiras por atrasos recorrentes na entrega dos produtos.
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