O ministro da Casa Civil, Rui Costa, desconsidera que a marcante presença de evangélicos no evento liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, no domingo (25), tenha o potencial de enfraquecer as articulações do presidente Lula com esse público. Para Rui, as interações entre o chefe de Estado e os religiosos têm sido um “processo lento”, comparando-o a “jogar água na areia”.
“Não. Eu acho que isso é um processo, o nível de radicalização de ódio que foi alcançado no país, nós não vamos resolver isso em poucos meses. Isso é um processo de decantação e de busca pela racionalidade e pela volta à paz no país. Isso é um processo lento. Não é rápido, e está acontecendo lentamente”, afirmou o ministro durante coletiva de imprensa após o evento de apresentação do programa “Imóveis da Gente”, no Salão Oeste do Palácio do Planalto.
Rui elaborou ainda: “é como você jogar água em uma camada de areia, as camadas não vão molhar imediatamente. A água vai descendo lentamente até molhar todas as camadas. […]. No social, acontece isso”.
Quando indagado sobre se o governo já percebe sinais de uma possível aproximação entre os evangélicos e um eventual terceiro mandato de Lula, o ministro da Casa Civil mencionou que a aprovação do presidente tem aumentado tanto entre os evangélicos quanto em outros segmentos que não o apoiaram inicialmente.
“Fortemente. Pela própria aprovação última das pesquisas do presidente que já sinaliza para isso. Todas as pesquisas divulgadas mostram, umas mais outras menos, mas, mostram um avanço da aprovação, inclusive, entre os evangélicos e em outros segmentos em que não votou no presidente”, afirmou o ministro.
“A gente aos poucos vai conseguindo, lentamente, distensionar o país e promover o bom senso, onde as divergências políticas e ideológicas acontecem como em qualquer país democrático, mas elas não são levadas as vias de fato e nem a derrubada de um governo eleito por um golpe de estado. […]”, concluiu.
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