Neste ano, a Americanas deve executar uma nova reestruturação, reduzindo o tamanho da empresa, em especial nos bastidores, em áreas administrativas e de chefia. A empresa possui dois caminhos possíveis para determinar o tamanho da diminuição do quadro de funcionários, que desde o pedido de recuperação judicial, em janeiro do ano passado, encolheu em aproximadamente 10,5 mil postos.
“Dentro da proposta de valor de deixar a Americanas cada vez mais simples e de chegar à rentabilidade mencionada, tem uma lição de casa que ainda não foi feita de estrutura administrativa”, afirma ao Estadão/Broadcast o presidente da companhia, Leonardo Coelho.
A rede estuda duas alternativas para reduzir os custos de pessoal. O primeiro é aumentar a quantidade de subordinados que estão ligados a cada gerente da empresa, o que levaria à extinção de parte dos postos desse patamar hierárquico. Na prática, um gerente deixaria de ter dois supervisores respondendo a ele para ter de cinco a sete, diz Coelho, em um exemplo.
Intitulado como orçamento zero, o segundo caminho é como um mantra nas companhias que têm como acionistas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, os principais acionistas da Americanas. De acordo com o executivo, a empresa está analisando como ficariam as operações caso o orçamento disponível para cada área equivalesse a 60% do que foi executado no ano passado.
“Com base na comparação dos dois exercícios, vamos escolher. Em algumas áreas, pode ser que a gente vá para o base zero e aceite entregas diferentes das que existem hoje, e em outras, pode ser que a gente vá para o desenho do orçado, mantendo a otimização das estruturas existentes”, afirma. Os números ainda serão definidos.
(Estadão)
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