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INADIMPLÊNCIA CRESCE EM JANEIRO E ATINGE 67 MILHÕES DE CONSUMIDORES

João Paulo - 20/02/2024 08:15 - Atualizado 20/02/2024

Cerca de 66,96 milhões de brasileiros estavam negativados em janeiro de 2024. Isso significa que quatro em cada dez brasileiros adultos tinham ‘nome sujo’ no período, segundo aponta levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

O número de inadimplentes em janeiro deste ano cresceu 0,75% em comparação a dezembro de 2023. Na comparação com o mesmo período de 2023, o indicador apresentou crescimento de 3,78%. A pesquisa levou em conta os dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da Federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em janeiro deste ano ficou acima da observada no mês anterior.

“O início do ano costuma ser um período de muitos gastos extras para as famílias. Impostos, matrícula e material escolar impactam diretamente na renda. Além disso, boa parte dos consumidores extrapolam o orçamento nas festas de final de ano e nas férias, que contribuem também para o aumento no endividamento”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

Os maiores devedores se concentram na faixa etária de 30 a 39 anos (23,61%). De acordo com a estimativa, são 16,51 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, quase metade (48,48%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,10% mulheres e 48,90% homens.

Ainda conforme o levantamento, em janeiro de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.388,21 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,10 empresas credoras, considerando todas essas dívidas. Os dados ainda mostram que cerca de três em cada dez consumidores (30,63%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 44,59% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

Foto: Marcos Santos / USP Imagens

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