Em um evento realizado em Feira de Santana na segunda-feira (19), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), causou polêmica ao afirmar que reprovar estudantes na rede pública de ensino é uma atitude autoritária por parte das escolas e que não cabe ao professor decidir sobre isso.
O ex-prefeito de Salvador e presidente da Fundação Índigo, ACM Neto, no entanto, criticou a declaração do governador, e classificou como autoritária e desrespeitosa. Para Neto, as afirmações de Jerônimo são ofensivas não apenas aos professores, mas também às escolas, alunos e suas famílias.
Em outro trecho do mesmo evento, Jerônimo Rodrigues enfatizou que reprovar alunos não condiz com a postura das escolas baianas, citando educadores como Anísio Teixeira e Ruy Barbosa. Neto aproveitou para ressaltar o histórico educacional da Bahia, mencionando que o estado ocupava uma das piores posições no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
O secretário-geral do União Brasil também questionou o governador sobre a função do professor diante dessa política de aprovação em massa. Ele destacou que, após 18 anos de governo do PT na Bahia, esperava-se uma melhora na qualidade da educação, mas, ao contrário, observa-se uma postura que desconsidera a realidade educacional do estado.
Jerônimo Rodrigues assinou uma portaria que estimula a aprovação de estudantes mesmo em casos de baixo desempenho ou frequência irregular. Segundo a portaria, alunos que não passaram em até cinco disciplinas podem avançar para a próxima série, e o Conselho de Classe pode permitir a progressão de alunos reprovados caso seu desempenho global seja considerado satisfatório. A medida enfatiza a importância de focar no acompanhamento do aprendizado em vez da reprovação.
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