A Papaiz e a La Fonte, tradicional fabricante de cadeados e fechaduras, anunciaram a transferência de suas operações de Salvador para Porto Feliz, em São Paulo.
A mudança da Papaiz ocorre dez anos depois de um investimento de R$ 25 milhões para automatizar e ampliar a sua capacidade de produção na Estrada de Pirajá. A decisão está alinhada às estratégias de consolidar suas operações, “concentrando-se em localidade próxima à cadeia de suprimentos, facilitando o escoamento para melhor atender a demanda do mercado brasileiro”.
A partida para Porto Feliz será iniciada logo depois do Carnaval, na segunda quinzena de fevereiro, e deve ser concluída até o final deste ano.
A empresa está em discussão com os trabalhadores, por meio do sindicato, para prestar todo o apoio e estudar as viabilidades para facilitar as recolocações no mercado de trabalho.
“Quando tivemos a notícia do fechamento da unidade, agimos rapidamente e convocamos a empresa para discutir condições que atenuassem os impactos negativos sobre os trabalhadores e suas famílias. Após várias rodadas de negociação, a companhia concordou em demitir o pessoal de forma gradual e a pagar o valor das rescisões, além de garantir outros benefícios proporcionais a cada fase de dispensa”, pontuou o presidente do Sindicato, Adson Batista.
Segundo o sindicalista, o acordo garantiu a manutenção do plano de saúde até o final de 2024; fornecimento de cesta básica por seis meses, após a dispensa; e suporte para recolocação no mercado de trabalho, compreendendo assistência na elaboração de currículos e treinamento. Além disso, os trabalhadores transferidos contarão com um adicional de transferência de 25% e passagens de ida e volta para visitar suas famílias uma vez por mês.
Trabalhadores com garantias provisórias terão todo o período pago, exceto cipistas e dirigentes sindicais, que poderão optar por receber indemnização equivalente ao período dos mandatos. Funcionários que firmarem acordos individuais, com vantagens compensatórias, também serão acompanhados pelo sindicato.
A fábrica de cadeados chegou a empregar mil pessoas na capital baiana. Em 2015, a empresa foi adquirida pelo grupo sueco Assa Abloy.
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