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EM JANEIRO, PRIMEIRA ESTIMATIVA PARA A SAFRA BAIANA DE GRÃOS EM 2024 É DE QUEDA DE -9,1% FRENTE AO RECORDE DE 2023

Victoria Isabel - 08/02/2024 19:00

A primeira estimativa para a safra baiana de cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos) em 2024 prevê, em janeiro, que a produção deve chegar a 11.039.412 toneladas neste ano. Isso representa uma redução de 9,1% (ou menos 1.108.646 t) em relação ao recorde de 2023 (12.148.058 t).

A diminuição frente ao ano passado se dá sobretudo por conta da queda da previsão da safra de dois dos principais grãos produzidos no estado: o milho e a soja.

Segundo essa primeira estimativa, a Bahia deve colher, em 2024, 1.704.654 toneladas na 1ª safra de milho, o que representa uma queda de 27,5% frente ao ano passado (-645.066 toneladas), quando a safra foi de 2.349.720 toneladas.

Apesar do aumento de 7,8% na produtividade do grão, que passou de 5.490 para 5.919 kg/hectare, a previsão é de que haja uma redução de 32,7% na área colhida do milho 1ª safra na Bahia, caindo de 428.000 para 288.000 hectares.

Já a soja, principal produto agrícola da Bahia, que representa quase dois terços (64,5%) de toda a safra de grãos do estado, também tem previsão de redução na produção em 2024. Nesse ano, a Bahia deverá produzir 7.119.420 toneladas de soja, o que representa uma queda de 5,9% (-446.520 toneladas) frente ao colhido em 2023, que foi 7.565.940 toneladas.

Assim como o milho, o prognóstico de queda na produção da soja na Bahia se dá pela redução de 6,0% na área colhida do grão, que deve passar de 1.905.000 para 1.791.000 hectares.

Por outro lado, o algodão herbáceo deve apresentar crescimento na produção em 2024. A Bahia deve colher 1.807.645 toneladas do grão, 3,8% a mais (+66.195 toneladas) em relação a 2023, quando a safra foi de 1.741.350 toneladas.

Neste ano, a Bahia deverá seguir como a 2ª maior produtora de algodão do país, sendo responsável por 22,1% da produção nacional.

A queda na safra de grãos na Bahia, em 2024, segue o previsto também para o Brasil como um todo. No país, a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá ser de 303,4 milhões de toneladas neste ano, 3,8% menor do que o recorde registrado em 2023 (315,4 milhões de toneladas).

Mesmo com a previsão de colher 9,1% menos em 2024, a Bahia ainda deve ter a sétima maior safra de grãos do país, respondendo por 3,6% do total nacional (frente a uma participação de 3,9% em 2023). Mato Grosso continua na liderança (27,6%), seguido por Paraná (14,0%) e Rio Grande do Sul (13,3%).

As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão, caroço de algodão, mamona, soja e girassol.

Considerando todos os produtos investigados sistematicamente pelo IBGE na Bahia, a previsão de janeiro é que haja crescimento em 14 das 26 safras, no estado, em 2024.

Dentre as safras com estimativas de alta, o maior crescimento absoluto, deve ser o da cana-de-açúcar (+74.400 t, ou +1,4%), seguida pelo algodão (+66.195 t, ou +3,8%) e pelo café arábica (+15.768 t ou +15,7%, maior crescimento percentual).

Por outro lado, as maiores quedas absolutas na estimativa para 2024 devem vir do milho 1ª safra (-645.066 t ou -27,5%, também a maior redução percentual), da soja (-446.520 t ou -5,9%) e do milho 2ª safra (-63.990 t ou -8,6%).

Foto: CNA Wenderson Araújo/ Trilux

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