O resultado positivo do comércio baiano no acumulado no ano de 2023 (4,8%), frente a 2022, foi resultado de aumentos no volume de vendas em cinco dos oito segmentos do varejo restrito – que desconsidera as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos.
Apresentando seu melhor resultado acumulado em 11 anos, as vendas dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceram 5,0%, com altas em 10 dos 12 meses de 2023. O aumento anual foi o mais expressivo desde os 7,0% de 2012, e o segmento é o que tem maior peso na estrutura do comércio varejista no estado.
A segunda maior contribuição para o crescimento geral do varejo baiano em 2023 veio dos combustíveis (12,2%), cujas vendas tiveram seu maior aumento acumulado nos 22 anos de série histórica desse indicador, iniciada em 2001.
A maior taxa de crescimento anual na Bahia, porém, veio do segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (13,0%). Essa atividade tem menos influência no desempenho do varejo em geral, mas apresentou seu maior avanço de vendas em 11 anos (desde 2012, quando havia sido de 32,1%), com altas em 10 dos 12 meses de 2023.
Os três segmentos do varejo restrito baiano com quedas nas vendas, no acumulado em 2023, foram livros, jornais, revistas e papelaria (-14,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,6%) e tecidos, vestuário e calçados (-4,2%).
As livrarias/papelarias retomaram uma sequência de resultados anuais negativos iniciada em 2018 e só interropinda em 2022 (por uma alta de 9,6%). O segmento de “outros artigos”, que reúne lojas de departamento e grandes varejistas do comércio on-line, teve um segundo ano consecutivo de perdas nas vendas, com aumento no ritmo de queda (havia recuado 8,0% em 2022). Já o vestuário teve uma primeira retração das vendas, após crescimento em 2021 (+24,2%) e estabilidade em 2022.