De cada 100 transferências internacionais realizadas no futebol em 2023, quase 11 envolviam jogadores brasileiros. O Brasil ainda é a nação que mais movimenta o mercado internacional do esporte. Movimentou cerca de US$ 935 milhões (R$ 4,6 bilhões) em negociações. Mas há um país com atletas mais valiosos: a França.
Os dados estão no relatório anual da Fifa sobre o mercado global de transferências internacionais, divulgado desde 2012 pela entidade. Em todos os anos, o Brasil foi a nacionalidade mais envolvida, seja em negócios com valores ou não. E quase sempre esteve no topo quando o assunto era dinheiro. No entanto, assim como em 2021, os jogadores franceses superaram os brasileiros em tal quesito.
Foram 21.801 transferências ao todo no ano passado que movimentaram US$ 9,63 bilhões (R$ 47,6 bilhões), um novo recorde. Vale ressaltar que os dados não consideram transações domésticas, entre clubes do mesmo país. As idas de Declan Rice, do West Ham para o Arsenal, e de Moisés Caicedo, do Brighton para o Chelsea, movimentaram quase US$ 300 milhões, mas não entram na conta.
Do total de transferências, 2.375 envolveram brasileiros, que foram responsáveis por 10% do montante gasto em jogadores: US$ 935 milhões (R$ 4,6 bilhões). Os franceses representaram menos da metade dos atletas do Brasil, mas com um valor acumulado maior no final: 965 transferências, que movimentaram US$ 1,3 bilhão (R$ 6,4 bilhões).
O valor de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,4 bilhões) é o maior registrado pela Fifa referente a transferências que envolvem apenas uma nacionalidade. Antes, o recorde de um só país era do Brasil, com US$ 1 bilhão em 2017, ano em que Neymar protagonizou tornou-se o jogador mais caro da história ao sair do Barcelona para o PSG.
Confira outros destaques do relatório da Fifa:
Os clubes portugueses são os que mais receberam jogadores (1.017), e os clubes brasileiros foram os que registraram mais saídas (1.217). O Brasil ficou na 13ª posição entre os que mais gastaram para adquirir jogadores em transferências internacionais, com US$ 146 milhões (R$ 723 milhões).
Foto: Divulgação/Al-Hilal