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OTTO AFIRMA TER SIDO ALVO DA ABIN: ‘JÁ SABÍAMOS, MAS NÃO HAVIA COMPROVAÇÃO’

Emilly Lima - 30/01/2024 14:34 - Atualizado 30/01/2024

O senador Otto Alencar (PSD) afirmou, nesta terça-feira (30) que foi um dos alvos da chamada “Abin Paralela” no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à época em que participou como membro da CPI da Covid e durante a eleição de 2022.

“Já sabíamos, naquela época, mas não havia comprovação, que o presidente da República usava o aparelho do Estado para intimidar, para investigar, para ter informações. Isso começou na Covid, quando ele sentiu o peso da Comissão Parlamentar de Inquérito e, consequentemente, começou a atuar para tentar inibir o processo. Aconteceu e foi comprovado, inclusive na Receita Federal. Minha vida foi totalmente vasculhada na Receita Federal”, declarou Otto em entrevista à Rádio Mix Salvador.

Na segunda-feira (29), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), na terceira operação da investigação sobre a “Abin Paralela”. Alexandre Ramagem, hoje deputado federal e também alvo das apurações, foi chefe da Abin no governo Bolsonaro e é próximo à família do ex-presidente da República.

Relatórios produzidos pela agência sob Bolsonaro e o uso do software espião FirstMile estão no centro da investigação da PF.

“O ex-presidente da República usou o aparelho do Estado com a Polícia Rodoviária Federal nas eleições de 2022. A Polícia Rodoviária Federal me parou, porque eu estava com adesivo do 13 no capô do carro, na entrada de Feira de Santana. Mandou eu esperar, aguardar um bocado de tempo, esperando uma carteirada, que eu não dei”, completou o parlamentar.

Foto: Roque de Sá/Agência Senado 

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