Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, afirmou que o banco não abre mão de garantias para oferecer uma linha de crédito emergencial às empresas aéreas. O governo discute alternativas de ajudar o setor em meio ao pedido de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos e o aumento no preço das passagens.
“O BNDES não tem como fazer financiamento sem garantias”, afirmou Mercadante. “Nós só emprestamos com garantia.”
Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, anunciou na semana passada que o governo iria gerar um fundo de até R$ 6 bilhões para as empresas, com formatação a ser definida pelo BNDES e pelo Ministério da Fazenda. Este valor não está fechado, nem como deve funcionar o fundo.
Mercadante disse que, se a linha avançar, o BNDES oferecerá crédito ao custo da TLP (Taxa de Longo Prazo), que acompanha os preços de mercado. Ou seja, não haverá subsídio do banco via taxas de juros reduzidas.
Há meses, o BNDES tem avaliado a oferta de uma linha de capital de giro para as empresas, mas enfrenta o problema das garantias. As companhias aéreas chegaram a mencionar slots (espaços em aeroportos) e aeronaves em leasing como garantias, mas a oferta não teve êxito.
(Estadão)
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