Com o verão em curso, homens e mulheres querem aproveitar a estação mais quente do ano e também elevar a temperatura quando o assunto é sexo. Para isso, a reposição hormonal surge como alternativa para os casos em que a perda da libido ou falta de desejo sexual pode ter alguma relação com déficit hormonal.
Segundo a ginecologista e diretora médica das clínicas Elsimar Coutinho, Dra. Consuelo Callizo, é importante ressaltar que a terapia de reposição hormonal depende de cada paciente e deve ser individualizada. “Em alguns casos, podem ser indicados o estradiol a testosterona e/ou a gestrinona. Em geral, é um tratamento que consiste na utilização dos hormônios que apresentam quadro de desequilíbrio no organismo de uma determinada pessoa”, explica.
De acordo com a especialista, a reposição hormonal pode apresentar diversas vantagens, em especial nas mulheres que se encontram na menopausa, como a melhora dos sintomas climatéricos, diminuição das ondas de calor e do risco de câncer colorretal, aumento da libido e da lubrificação vaginal.
“A queda nos níveis de testosterona atrapalha a memória, o humor, interfere na massa muscular, na massa óssea e até na condição cardiovascular, ou seja, a reposição tem sido muito importante no tratamento de outros sintomas da menopausa. Como a testosterona sofre uma queda juntamente com os outros hormônios, esse declínio potencializa diversos sintomas”, acrescenta Dra. Consuelo.
Em pacientes mais jovens com doenças estrógeno dependentes, como endometriose, TPM, cólicas, os hormônios que podem ser indicados são a gestrinona e a testosterona. Se a gestrinona inibe a ovulação, por outro lado ela tem ação semelhante à testosterona, que embora seja reconhecida como um hormônio “masculino”, também é produzida pelas mulheres e tem importância fundamental para a saúde feminina, além de poder aumentar o libido.
Já o estradiol é um hormônio produzido, principalmente, nas células granulosas dos tecidos ovarianos. As mulheres com deficiência desse hormônio tornam-se suscetíveis ao aumento de risco de incontáveis desequilíbrios e doenças. Além disso é um hormônio que também pode ocasionar a perda da lubrificação vaginal e da libido, além de uma piora na qualidade do sono.
Dependendo do tipo de tratamento, pode haver, sim, um aumento do desejo sexual da paciente. Em muitos casos isso ocorre devido ao aumento da autoestima feminina combinado à melhora da lubrificação vaginal, já que, na ausência do estrogênio, a área costuma ficar ressecada, causando muito desconforto durante as relações sexuais.
Envelhecimento – Dra. Consuelo Callizo explica ainda que o envelhecimento exige maior atenção médica, também quando se fala de hormônios, pois, a partir dos 40 anos, já é possível ter uma deficiência hormonal que influencie no dia a dia da mulher em vários aspectos. A partir dessa idade os exames anuais são ainda mais importantes para avaliar a parte física dos órgãos, como exames de laboratório que podem sinalizar a deficiência de algum hormônio.