A Federação Única dos Petroleiros (FUP) se pronunciou nesta sexta-feira (26) sobre o incêndio ocorrido na Refinaria Abreu e Lima, localizada em Ipojuca (PE), que resultou em quatro trabalhadores feridos. Segundo a FUP, o incidente destaca a resistência da FUP e de sindicatos associados contra a terceirização na área de segurança dentro da empresa.
“É imperativo que a atual gestão da Petrobrás reavalie esse modelo inseguro. É necessário investir na contratação de técnicos de segurança e manutenção por meio de concursos”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.
“O acidente está diretamente relacionado às consequências de uma política de desinvestimento à qual a RNEST estava sendo submetida, implicando em assumir riscos cada vez mais sérios na operação e manutenção de equipamentos, o que pode, como já aconteceu, resultar na morte de trabalhadores”, destacou o coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro PE/PB), Sinésio Pontes.
Ele acrescentou que a expansão das terceirizações nos serviços da RNEST legitimou o desmonte e a falta de cuidado com as atividades de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS) durante o período em que a refinaria estava à venda.
O incidente com o tanque de petróleo foi desencadeado, conforme informações da refinaria, por uma fagulha. O Sindipetro PE/PB apurou que os trabalhadores, funcionários terceirizados da prestadora de serviços QWS, estavam realizando trabalhos de caldeiraria no teto do tanque, podendo isso ter gerado a mencionada fagulha. A investigação, com a participação do Sindipetro PE/PB e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), esclarecerá essa possibilidade.
Foto: Reprodução | TV Globo
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