A partir do comportamento dos preços de locação residencial em 25 cidades brasileiras, o Índice FipeZAP registrou uma alta de 1,00% no aluguel residencial e em dezembro de 2023, o que representa uma nova aceleração em relação às variações observadas em outubro (0,70%) e novembro (0,85%). De
acordo com a apuração, imóveis com um dormitório registraram a maior valorização mensal (1,34%), contrastando com o incremento bem menor entre unidades com
quatro ou mais dormitórios (0,24%).
Em termos comparativos, o comportamento mensal do Índice FipeZAP superou as variações mensais do IPCA/IBGE (0,56%) e do IGP-M/FGV (0,70%). Entre as 25 cidades que integram o cálculo do índice, 21 registraram valorização mensal do aluguel: Goiânia (2,69%); Salvador (2,00%); Curitiba (1,78%); Belo Horizonte (1,12%); Rio de Janeiro (1,01%); Brasília (0,93%); Recife (0,92%); Porto Alegre (0,82%); e São Paulo (0,79%). Em Florianópolis, diferentemente, os preços de locação residencial permaneceram praticamente estáveis no período (0,01%). No caso de Fortaleza, por outro lado, houve um recuo de 0,43%.
Com base nos últimos resultados, o Índice FipeZAP de Locação Residencial encerrou 2023 com uma alta acumulada de 16,16%. Na série histórica, o resultado veio ligeiramente abaixo do apurado em 2022 (16,55%). Comparativamente, a variação anual do índice ficou acima dos resultados acumulados do IPCA/IBGE (4,62%) e do IGP-M/FGV (-3,18%). Imóveis com um dormitório se valorizaram bem acima da média em 2023 (19,23%), contrastando com o aumento relativamente menor entre unidades residenciais de quatro ou mais dormitórios (11,98%). Em termos de abrangência, todas as 25 cidades que integram a cesta do índice registraram valorização anual na locação residencial, incluindo as 11 capitais anteriormente mencionadas: Goiânia (37,28%); Florianópolis (27,68%); Fortaleza (21,95%); Curitiba (20,70%); Rio de Janeiro (19,79%); Belo Horizonte (17,11%); Porto Alegre (13,88%); São Paulo (13,28%); Recife (12,40%); Salvador (12,31%); e Brasília (11,37%).
Já conforme as 25 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP de Locação Residencial em dezembro de 2023, o preço médio do aluguel de imóveis residenciais foi calculado em R$ 42,53/m². Os maiores valores médios foram observados no aluguel de imóveis residenciais de um dormitório (R$ 54,74/m²) e os menores, entre unidades com três dormitórios (R$ 37,09/m²). Comparando-se os resultados apurados entre as 11 capitais envolvidas no cálculo do índice, a cidade de São Paulo (SP) apresentou o preço médio mais elevado (R$ 51,62/m²), sendo seguida por: Florianópolis (R$ 49,81/m²); Recife (R$ 47,78/m²), Rio de Janeiro (R$ 45,10/m²); Brasília (R$ 40,57/m²); Belo Horizonte (R$ 36,76/m²), Curitiba (R$ 36,17/m²), Goiânia (R$ 36,07/m²), Salvador (R$ 33,10/m²); Porto Alegre (R$ 31,67/m²); e Fortaleza (R$ 28,36/m²).
Além das capitais, outras localidades que se destacaram com as maiores médias na amostra de dezembro incluíram: Barueri (SP), com R$ 59,06/m², Santos (SP), com R$ 45,50/m²; São José (SC), com R$ 37,88/m²; São José dos Campos (SP), com R$ 37,85/m²; e Campinas (SP), com R$ 24,87/m².
A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com aluguel. Com base em dados de dezembro de 2023, o retorno médio do aluguel residencial foi avaliado em 5,69% ao ano, patamar ligeiramente inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.
Em termos comparativos, a rentabilidade projetada do aluguel residencial foi relativamente maior entre imóveis com apenas um dormitório (6,30% a.a.), contrastando com o menor percentual de retorno entre unidades com quatro ou mais dormitórios (4,44% a.a.). Entre as 11 capitais analisadas, destacaram-se as taxas calculadas para: Recife (7,38% a.a.); Salvador (6,39% a.a.); Goiânia (5,97% a.a.); e São Paulo (5,81% a.a.). Além das capitais, outras localidades que se destacaram por taxas de retorno relativamente mais elevadas incluíram: Santos (SP), com 8,37% a.a.; Praia Grande (SP), com 7,51% a.a.; Barueri (SP), com 7,24% a.a.; e Campinas (SP), com 6,70% a.a.
Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil